Way out: estrangeiros continuam deixando a bolsa brasileira
A B3 registrou saída líquida de investimentos estrangeiros na bolsa de valores pelo quinto dia consecutivo. De acordo com os dados, o saldo ficou negativo em 551 milhões de reais na segunda-feira, 23. A sequência não era registrada desde outubro do ano passado...
A B3 registrou saída líquida de investimentos estrangeiros na bolsa de valores pelo quinto dia consecutivo. De acordo com os dados, o saldo ficou negativo em 551 milhões de reais na segunda-feira, 23. A sequência não era registrada desde outubro do ano passado.
Na sessão anterior, a bolsa de valores marcou o maior volume de saída de estrangeiros desde 2021, com saldo negativo de 3,451 bilhões de reais. Segundo os levantamentos B3, nos últimos 13 anos somente em duas oportunidades houve um fuga de estrangeiros tão grande em um só dia: em setembro de 2012, quando 6,2 bilhões de reais deixaram a bolsa; e em fevereiro de 2021, quando 6,7 bilhões de reais saíram do mercado acionário nacional.
No mês de janeiro, são quase 5 bilhões de reais que deixaram a bolsa brasileira desde o início de 2024. Se o saldo se mantiver, será o primeiro mês de saídas de estrangeiros desde outubro do ano passado, quando 2,9 bilhões de reais deixaram a bolsa brasileira por outros mercados para investir.
O dinheiro estrangeiro responde por cerca de metade do volume transacionado no mercado acionário brasileiro, o que também acaba por pressionar o Ibovespa. O principal indicador acionário do país acumulava queda de 5% no mês até o fechamento de terça-feira.
Com seis sessões até o fim do mês, até o momento, um resultado negativo nesta magnitude seria a pior performance para uma janeiro desde 2016, quando o Ibovespa fechou janeiro em queda de 6,79%. No ano passado, até 23 de janeiro, o Ibovespa avançava 1,83%, e o fluxo estrangeiro estava positivo em 8,1 bilhões de reais.
A divulgação dos números da B3 tem atraso de duas sessões, portanto, os números já refletem o resultado da segunda-feira, 22, quando a apresentação da Nova Política Industrial pelo governo federal pareceu ter contribuído para a alta do dólar de mais de 1% no dia, o que levou a cotação da moeda americana a encerrar a sessão em 4,99 reais.
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