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Homem confessa ter causado incêndio que matou 77 pessoas em Joanesburgo

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4 minutos de leitura 24.01.2024 11:19 comentários
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Homem confessa ter causado incêndio que matou 77 pessoas em Joanesburgo

Um homem de 29 anos foi preso pela polícia sul-africana por confessar ter causado o incêndio que resultou na morte de 77 pessoas em um prédio abandonado no centro de Joanesburgo. O crime, que ocorreu no ano passado, teve início em uma disputa relacionada a drogas, na qual o suspeito estrangulou um homem e ateou fogo ao seu corpo...

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Foto: Reprodução

Um homem de 29 anos foi preso pela polícia sul-africana por confessar ter causado o incêndio que resultou na morte de 77 pessoas em um prédio abandonado no centro de Joanesburgo. O crime, que ocorreu no ano passado, teve início em uma disputa relacionada a drogas, na qual o suspeito estrangulou um homem e ateou fogo ao seu corpo.

O homem, cujo nome não foi divulgado, foi preso sob 77 acusações de assassinato e 120 acusações de tentativa de homicídio. A prisão ocorreu nesta terça-feira, 23, após sua confissão durante uma audiência da comissão especial que investiga o incêndio. O incidente ocorreu em 31 de agosto de 2023 em um prédio de quatro andares.

A comissão foi informada de que o número exato de mortos era incerto devido à gravidade das queimaduras. Para se preparar para a comissão, Andy Chinnah, defensor das vítimas, entrevistou mais de 300 sobreviventes. Embora existissem teorias sobre a origem do incêndio, como envolvimento com drogas ou uma briga doméstica, a confissão do suspeito surpreendeu a todos.

Ficamos chocados quando ele se incriminou“, disse Chinnah à imprensa internacional, informado sobre o depoimento pelos advogados da Norton Rose Fulbright, representantes das vítimas. “Eu acredito nele? Nada é impossível. Mas simplesmente não faz sentido um corpo ser incendiado e causar um incêndio tão grande.

O suspeito comparecerá ao tribunal em Joanesburgo nesta quinta-feira, 25. Para proteger sua identidade, seu depoimento foi realizado a portas fechadas.

Como começou o incêndio?

Ele relatou que foi chamado por um traficante de drogas com quem trabalhava no prédio para resolver uma disputa. Após agredir a pessoa envolvida, ele percebeu que a conhecia, o que o levou a entrar em pânico e estrangulá-la. Em seguida, despejou gasolina no corpo e o incendiou.

Durante seu testemunho, o suspeito afirmou que estava sob efeito de drogas na época do incidente e não imaginava que o fogo se espalharia de forma tão intensa. Ele expressou culpa ao ver uma mulher e uma criança pularem do prédio na tentativa de escapar das chamas.

Esse caso chamou a atenção internacional para os inúmeros prédios precários e ocupados ilegalmente em Joanesburgo.

Prédio abandonados em Joanesburgo

Esses locais, conhecidos como “prédios sequestrados”, são frequentemente tomados por gangues envolvidas com drogas, que extorquem os moradores por pagamentos de aluguel.

A comissão encarregada de investigar o incêndio interrompeu suas atividades no ano passado, após considerar o prédio incendiado como uma ameaça. As audiências foram retomadas recentemente e estão sendo transmitidas ao vivo. No entanto, o suspeito prestou depoimento a portas fechadas, temendo represálias de líderes de gangues, conforme afirmou o principal advogado da comissão, Ishmael Semenya.

Enquanto a polícia continua suas investigações, o prédio permanece isolado e cercado por arame farpado. Muitos dos sobreviventes foram realocados para um acampamento. Entre as vítimas estavam pelo menos uma dúzia de crianças, migrantes de outros países africanos, professores e técnicos. Vizinhos relataram que o prédio também abrigava gangues criminosas envolvidas com o tráfico de drogas.

A quem pertence o prédio que foi incendiado?

O governo é proprietário do prédio incendiado e de muitos outros semelhantes. Jornalistas identificaram pelo menos 127 edifícios similares no centro de Joanesburgo, pesquisando registros bloco por bloco.

O presidente Cyril Ramaphosa chamou o incêndio de um “alerta para a África do Sul“, onde o alto custo de vida torna a moradia inacessível para muitas pessoas, enquanto os governos municipais ignoram a ocupação ilegal de prédios insalubres.

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