Caso Marielle: Família de Lessa foi ameaçada, diz advogado
O advogado de Ronnie Lessa (foto), Bruno Castro, afirmou que o ex-policial militar sempre soube quem era o mandante do...
O advogado de Ronnie Lessa (foto), Bruno Castro, afirmou que o ex-policial militar sempre soube quem era o mandante do assassinato de Marielle Franco, mas que não falaria por sua família ter sido ameaçada.
Na terça-feira, 23 de janeiro, vazou na imprensa a delação não-homologada do miliciano Ronnie Lessa, principal suspeito de ser autor dos disparos, apontando o ex-deputado estadual Domingos Brazão como mandante do crime. A PF não confirmou a delação.
“A única coisa que ele me disse, há uns dois ou três anos, é que ele sabia quem tinha matado a Marielle. Mas afirmou que, se falasse, a família dele morreria”, disse Castro à Folha de S. Paulo nesta quarta, 24.
“Acho que ele nunca comentou [sobre o interesse de fazer a delação] por saber que meu escritório não faz esse tipo de acordo”, acrescentou.
Quem mandou matar Marielle havia sido preso pela Lava Jato?
Blogs petistas afirmam que o agora delator Ronnie Lessa apontou Domingos Brazão como mandante dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (na foto, em painel de homenagem na Câmara dos Deputados) e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em 14 de março de 2018 com a participação do miliciano. São os mesmos blogs petistas que demonizam a Lava Jato, que chegou a prender Brazão cerca de um ano antes, em 29 de março de 2017, durante a Operação Quinto do Ouro, desdobramento da força-tarefa anticorrupção no Rio de Janeiro.
Vereador, deputado estadual por cinco mandatos consecutivos (1999-2015) e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) eleito em 2015 pela maioria dos pares na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj), ele foi alvo de mandado de prisão temporária, junto a quatro outros conselheiros, no âmbito de investigação de fraude e corrupção no tribunal. A operação teve como base a delação premiada de Jonas Lopes, ex-presidente do TCE, e também atingiu o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-presidente da Alerj Jorge Picciani.
Os conselheiros foram acusados de receber propinas em troca de vista grossa sobre desvios em obras no estado. As vantagens indevidas incluíam uma mesada de 70 mil reais para cada um, que seria paga pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor).
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