Macron: “Rússia não pode e não deve vencer na Ucrânia”
Único presidente dos países do G7 presente em Davos este ano, Macron assumiu o papel de líder europeu reforçando o que mais importa para a Europa: impedir a Rússia de vencer a guerra.
Presente no Fórum Econômico Mundial pela primeira vez desde 2018, o presidente francês apresentou suas próprias reformas e seus projetos para a União Europeia.
Apesar dos desafios – guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, aquecimento global, tensões entre a China e os Estados Unidos, a ascensão da inteligência artificial – o presidente francês manteve um tom otimista no seu discurso em Davos.
Único presidente dos países do G7 presente em Davos este ano, Macron assumiu o papel de líder europeu reforçando o que mais importa para a Europa: impedir a Rússia de vencer a guerra.
Reformas
No início do seu discurso, o presidente francês recapitulou seu histórico econômico à frente do país: “Nos últimos anos realizamos reformas importantes para o país. Reformamos o nosso ambiente fiscal, reduzindo os impostos em 60 mil milhões de euros, simplificamos muitos setores, aceleramos procedimentos e investimos maciçamente em setores como a saúde, a educação, o trabalho. Iniciamos reformas sem precedentes no mercado de trabalho, realizamos reformas no seguro de desemprego e aprovamos a reforma das pensões num contexto político difícil”, explicou Emmanuel Macron.
Investimento público europeu
Emmanuel Macron também apelou à Europa para resistir ao choque da “aceleração” do mundo, defendendo novos empréstimos europeus comuns para investir nas “grandes prioridades do futuro”.
Para o presidente francês, 2024, ano das eleições europeias em junho, “será também um ano no centro de todos os nossos desafios porque vemos o mundo se recompondo diante dos nossos olhos”.
“Há uma aceleração tremenda das inovações, há uma aceleração de todas as agendas. E a Europa enfrenta dificuldades muito grandes nesta reorganização do mundo.” O presidente francês estimou que era necessário “investir muito mais” face aos esforços massivos dos Estados Unidos e da China na inteligência artificial ou na ecologização da indústria: “Precisamos de mais investimento público europeu”, “talvez ousando voltar a usar ‘Eurobonds’”, “nas grandes prioridades para o futuro”, declarou.
Guerra na Ucrânia
Emmanuel Macron considerou também que 2024 seria “um ano chave” no apoio europeu à Ucrânia, para onde deverá deslocar-se em fevereiro.
A UE deveria, segundo Macron, evitar “ceder ao risco de divisão e tentar ter uma agenda eficaz que garanta o fato de que a Rússia não pode e não deve vencer na Ucrânia”, insistiu, instando os Estados-membros a darem visibilidade a Kiev e a reafirmarem os seus “esforços, aconteça o que acontecer nos Estados Unidos”, referindo-se às eleições presidenciais de Novembro, que poderão marcar o regresso de Donald Trump à Casa Branca.
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