Dólar e juros não seguem exterior, mas a razão não é tão boa
Os ativos brasileiros operaram de forma independente do sentimento global de aversão ao risco, pelo menos, no que diz respeito a juros e dólar. Os juros futuros de curto e médio prazo apresentaram uma leve queda...
Os ativos brasileiros operaram de forma independente do sentimento global de aversão ao risco, pelo menos, no que diz respeito a juros e dólar. Os juros futuros de curto e médio prazo apresentaram uma leve queda com o fraco desempenho do varejo no Brasil em novembro, apesar do dia de ganhos nas taxas americanas e europeias com falas mais duras de membros de bancos centrais estrangeiros.
Os contratos com vencimento até cinco anos encerraram o dia em leve queda, apesar com a alta nos rendimentos dos títulos públicos americanos. O desempenho ruim das vendas do varejo brasileiro em novembro, mês de Black Friday, reforçou os sinais de que a atividade doméstica ainda está enfraquecida.
O número ficou em linha com o esperado na leitura mensal, que era de estabilidade na comparação com outubro, quando o setor viu as vendas encolherem em 0,3%. Na comparação com o mês anterior, as vendas ficaram em +0,1%. Na comparação anual, o número registrou avanço de 2,2%, contra uma expectativa de 2% dos economistas ouvidos pela Bloomberg. A falta de dinamismo do setor realimentou as esperanças de juros menores.
Em um dia marcado pela retomada do dólar, o real conseguiu evitar um segundo dia consecutivo de grande desvalorização. A divisa americana ainda assim avançou 0,09% contra a moeda brasileira para encerrar as negociações a R$ 4,93.
O Ibovespa, no entanto, seguiu a tendência das bolsas americanas e encerrou o pregão em baixa de 0,60%, aos 128,5 mil pontos. Entre as principais contribuições negativas do indicador, o destaque ficou novamente com a mineradora Vale (-1,66%), que respondeu aos números fracos da produção de aço na China e à queda do preço do minério de ferro. As ações da B3 (-1,79%) e BTG Pactual (-2,33%) completaram as três maiores detratoras do indicador.
Na ponta positiva, as ações de Localiza (+1,09%), Ultrapar (1,65%) e Natura (2,63%) foram a principais contribuições positivas para o Ibovespa na sessão desta quarta-feira, 17.
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