Dólar sobe mais de 1% e ultrapassa R$4,90; juros futuros disparam
O mercado reagiu com aversão a risco na sessão desta terça-feira, 16, após o membro do FED (Federal Reserve) Christopher Waller indicar que o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) pode cortar os juros este ano, mas sem pressa...
O mercado reagiu com aversão a risco na sessão desta terça-feira, 16, após o membro do FED (Federal Reserve) Christopher Waller indicar que o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) pode cortar os juros este ano, mas sem pressa.
A declaração limitou as expectativas de flexibilização monetária em março e reforçou a cautela que já vinha sendo observada desde a abertura dos negócios. Pela manhã, François Villeroy, que é membro do Banco Central Europeu e presidente do banco central francês, também fez um alerta semelhante sobre o futuro dos juros na zona do Euro durante entrevista.
Como resultado, o dólar teve valorização significativa na sessão, avançando sobre todas as principais moedas do mundo e também sobre as emergentes. Contra o real, a divisa americana subiu 1,25% e encerrou o dia valendo R$ 4,93. A alta está alinhada com as perdas sofridas pelas moedas emergentes, mas as preocupações com a saúde fiscal local parecem ter contribuído para a piora, com o real ocupando a quarta pior performance do dia no grupo.
Os juros futuros também apresentaram um aumento considerável, chegando a subir até 20 pontos base em vencimentos intermediários. Mas, praticamente em todos os prazos, as taxas subiram significativamente. O movimento também acompanhou o forte desempenho dos rendimento dos títulos americanos.
Por aqui, a curva futura passou a precificar o piso da Selic, taxa básica de juros, em 9,5% ao ano, praticamente encerrando o ciclo de cortes do Banco Central do Brasil uma reunião antes das expectativas anteriores.
O Ibovespa acompanhou o mau humor externo e voltou a fechar abaixo dos 130 mil pontos, o que não ocorria desde 13 de dezembro. No dia, o índice cedeu 1,69%, aos 129,3 mil pontos. A única ação entre as 87 que compõem o indicador a encerrar as negociações com ganhos foram as da SLC Agrícola (1,97%). As principais contribuições negativa ficaram com Vale (-1,30%), Eletrobras (3,38%) e Itaú (1,41%).
A desvalorização foi mais pronunciada do que a das bolsas em Nova York. O S&P 500 recuou 0,37% e o Nasdaq caiu 0,19%.
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