O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés (PDT), disse que o Brasil ainda não tem preparação para lidar com eventos climáticos extremos. O chefe da pasta visitou as regiões do Rio de Janeiro nesta terça-feira, 16, que enfrentaram as fortes chuvas no último fim de semana.

Apesar das diversas tragédias climáticas dos últimos anos em estados como Bahia, São Paulo e Santa Catarina, Goés alegou que fortes chuvas como a do estado fluminense ainda são novidade no país. “Como não vivemos muitos eventos extremos nos últimos anos, ainda não criamos no Brasil uma cultura forte de contingência”, declarou o ministro.

O ministro da Integração lidera a comitiva do governo federal que se encontrou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Os temporais dos últimos dias deixaram ao menos 12 pessoas mortas em todo o estado.

“A recomendação do presidente Lula é de que não deve faltar apoio. Se o orçamento não for suficiente, faremos medida provisória, como ele fez no ano passado, quase uma dezena de MPs editadas para atender a população sofrida”, afirmou o ministro.

Chuvas estavam previstas pelo Inmet

As chuvas que atingeiram o Rio de Janeiro no último sábado, 13, estavam previstas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). “Avisos e notícias foram publicados”, disse o meteorologista do Inmet Thiago Sousa nesta segunda-feira, 15.

O instituto chegou a emitir um alerta no Rio. “Conforme foi chegando o sábado, essa região de maior atuação do sistema foi sendo atualizada e aí chegou-se na região serrana na manhã de sábado”, afirmou Sousa.

Apesar de estimar maior impacto na região serrana, em vez de na Baixada Fluminense, como se concretizou, o meteorologista atribuiu a mudança do epicentro das chuvas ao verão

“Como estamos no verão, as atualizações da previsão são constantes e diárias”, disse.

“Então essa área ela foi sendo atualizada com os avisos de meteorologia que são divulgados no nosso portal dia a dia, todo dia ou então em qualquer momento também está lá sendo atualizado e foi mudando as áreas de previsão”, acrescentou.