“Racismo ambiental não explica o todo”, admite ministro
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida (foto), admitiu as limitações do termo…
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida (foto), admitiu as limitações do termo “racismo ambiental”, usado pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em meio às chuvas no Rio de Janeiro.
“Racismo ambiental não explica o todo”, afirmou Silvio Almeida em publicação no X, antigo Twitter, nesta terça-feira, 16 de janeiro.
“Mas dá luz a importantes fatores que devem, sim, ser considerados na confecção de políticas públicas”, acrescentou em tentativa de defender a colega de governo.
Na publicação desta terça, Silvio Almeida também tentou deslegitimar as críticas feitas a Anielle pelo uso do conceito polarizador.
“O fato de alguém desconhecer um conceito ou mesmo discordar de forma fundamentada – o que é totalmente legítimo, especialmente no campo da ciência – não apaga o fato de que o conceito existe”, afirmou o ministro.
“Uma simples olhada nas ferramentas de busca mais populares da internet nos levam a inúmeros artigos que tratam do tema”, acrescentou.
Ele ainda chamou os críticos de “ignorantes”.
“Como alguém já disse certa vez, ‘a ignorância nunca ajudou a ninguém’. Ou seja: ignorar uma ideia ou um conceito não faz do ignorante alguém especial”, disse.
Racismo ambiental?
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (foto), comentou neste domingo, 14, sobre os impactos das fortes chuvas no Rio de Janeiro e afirmou que “as iminentes tragédias” nos municípios fluminenses são fruto do que ela chamou de “racismo ambiental”.
“Estou acompanhando os efeitos da chuva de ontem nos municípios do Rio e o estado de alerta com as iminentes tragédias, fruto também dos efeitos do racismo ambiental e climático”, escreveu no X, o antigo Twitter.
“Algumas prefeituras do estado já estão mobilizadas”, acrescentou.
Anielle Franco não detalhou as relações do que ela chamou de “racismo ambiental” ou “racismo climático” com as chuvas no Rio de Janeiro.
Não é a primeira vez que a ministra da Igualdade Racial provoca reações nas redes sociais por identificar conotação racista em assuntos aleatórios. Em novembro de 2023, por exemplo, ela promoveu uma mobilização contra a expressão “buraco negro”. De acordo com ela, o termo é racista.
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