Em Davos, Ursula Von der Leyen reafirma apoio à Ucrânia
“A Ucrânia pode prevalecer nesta guerra. Mas devemos continuar a fortalecer a sua resistência”, declarou Von der Leyen, no Fórum Econômico Mundial de Davos, nesta terça-feira, 16 de janeiro
Em seu discurso de abertura do Fórum Econômico Mundial de Davos, nesta terça-feira, 16 de janeiro, a presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, reafirmou o apoio da Europa à Ucrânia.
“Nosso mundo está em uma era de conflito e confronto. De fragmentação e medo. Pela primeira vez em gerações, o mundo não está num único ponto de inflexão. Está em múltiplos pontos de inflexão, com riscos que se sobrepõem e se somam”, explica Von der Leyen.
Ucrânia, Oriente Médio, Mar Vermelho, etc, foram desafios citados pela presidente da Comissão Europeia, que acredita, no entanto, que a Europa pode redescobrir o seu papel no mundo, contribuindo para a estabilização do cenário complexo por meio da defesa das democracias liberais:
“Acredito que o poder comum das nossas democracias, das nossas empresas e da nossa indústria estará no centro disto.” As empresas prosperam, diz ela, devido à liberdade: para inovar, investir e competir. «Mas a liberdade nos negócios depende da liberdade dos nossos sistemas políticos. É por isso que acredito que fortalecer a nossa democracia e protegê-la dos riscos e interferências que enfrenta é o nosso dever comum e duradouro.”
A Europa vai continuar apoiando a Ucrânia?
Von der Leyen aproveitou seu discurso para reafirmar apoio à Ucrânia:
“Quando a Rússia invadiu a Ucrânia muitos temiam que Kiev caísse dentro de alguns dias e o resto do país dentro de algumas semanas. Isso não aconteceu. Em vez disso, a Rússia perdeu cerca de metade das suas capacidades militares. A Ucrânia expulsou a Rússia de metade dos territórios que conquistou. A Ucrânia repeliu a frota russa do Mar Negro e reabriu um corredor marítimo para fornecer cereais ao mundo. E a Ucrânia manteve a sua liberdade e independência”.
O fracasso da Rússia, explica ela, é também econômico, “as sanções dissociaram a sua economia da tecnologia moderna e da inovação” e diplomático, “A Finlândia aderiu à OTAN, a Suécia seguirá em breve e a Ucrânia está mais próxima do que nunca da União Europeia”.
“A Ucrânia pode prevalecer nesta guerra. Mas devemos continuar a fortalecer a sua resistência”, declarou Von der Leyen e concluiu:
“Os ucranianos precisam de financiamento previsível ao longo de 2024 e além. Eles precisam de um fornecimento suficiente e sustentado de armas para defender a Ucrânia e recuperar o seu território legítimo. Eles precisam de capacidades para dissuadir futuros ataques da Rússia. E eles também precisam de esperança.”
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