Dengue: Saúde quer priorizar vacinação de crianças e adolescentes
Aplicação do imunizante, feita em duas doses, deverá ser feita em no máximo 3 milhões de pessoas em 2024...
O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira, 15, que irá priorizar a imunização de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos com a vacina contra a dengue. A previsão de início da campanha de vacinação é em fevereiro deste ano.
Segundo a pasta, o Brasil deve ter acesso a até 6 milhões de vacinas neste ano. Como a aplicação é feita com duas doses, no máximo 3 milhões de pessoas serão vacinadas em 2024.
“De 6 a 16 anos é uma faixa etária que vamos priorizar. Dentro dessa faixa etária, vamos decidir qual grupo será prioritário. Tem a discussão de dentro desse grupo quem hospitaliza mais. Não avançaremos fora deste grupo”, disse Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Conhecida como Qdenga, a vacina contra dengue foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) no fim do ano passado. O laboratório fabricante, Takeda, afirmou que tem uma capacidade restrita de fornecimento.
De acordo com a Anvisa, a Qdenga é indicada para pessoas de 4 a 60 anos. Não foram feitos estudos para avaliar a eficácia da vacina em pessoas com mais de 60 anos.
Qual a eficácia da vacina da dengue?
A eficácia geral da vacina Qdenga alcançou 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo, após 12 meses da segunda dose. Além disso, o imunizante também reduziu as hospitalizações em 90%. Segundo o laboratório Takeda, a imunização oferecida pela vacina tem duração de até cinco anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar a vacina em outubro de 2023. A decisão foi baseada nas análises do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (SAGE).
Brasil teve recorde de mortes por dengue em 2023
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil bateu recorde de mortes por dengue, foram 1.094 vidas perdidas em 2023. Essas informações foram extraídas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Comparado ao ano anterior, que teve 1.053 óbitos, houve um aumento de 3,89% nas mortes por dengue. Já em relação a 2015, o crescimento foi ainda maior, com um índice de 11%.
Em 2000, quando os registros começaram a ser feitos pelo Ministério da Saúde, o país registrou apenas quatro mortes por dengue, em três estados: Minas Gerais (2), Espírito Santo (1) e Goiás (1). Até então, o número de mortes nunca havia ultrapassado a marca de 1.000.
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