Presidente da Febraban defende greve dos servidores do BC
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, que trabalhou por 18 anos no Banco Central, defendeu a importância da valorização do corpo técnico da autoridade monetária...
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, que trabalhou por 18 anos no Banco Central, defendeu a importância da valorização do corpo técnico da autoridade monetária.
“O Estado que não reconhece o valor dos servidores do BC paga um preço muito alto. A valorização é fundamental para que a instituição cumpra com seu papel institucional insubstituível para a estabilidade financeira e monetária do país”, comentou.
A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira (15) e divulgada via redes sociais da entidade.
Os funcionários do Banco Central convocaram greve de 24 horas por reajuste salarial e reestruturação de carreira.
Os trabalhadores reivindicam melhorias na carreira, como a equiparação com outras categorias semelhantes.
A paralisação pode gerar um “apagão” em todos os serviços do banco, com impactos no atendimento ao mercado e ao público, incluindo cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atraso na divulgação de informações.
A paralisação também pode trazer maior impacto na conclusão de projetos em curso, como o da moeda digital, o Drex, na supervisão de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo e na regulamentação de ativos virtuais.
Os servidores reivindicam, entre outros pontos, reajuste nas tabelas remuneratórias, retribuição por produtividade, exigência de nível superior para o cargo de técnico, mudança no cargo de analista para auditor.
Muito trabalho, pouca gente
O órgão tem um déficit de 44% no seu quadro de servidores. Pela lei, o Banco Central deveria ter 6,5 mil funcionários. Porém, hoje, só conta com 3,6 mil. Já são mais de dez anos sem concurso público para o banco.
A principal reclamação de que trabalha lá é que a autoridade monetária tem tocado cada vez mais projetos, como Pix, open finance, real digital.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos abriu 100 vagas para a autarquia monetária. Número abaixo das 545 vagas pleiteadas.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)