Dino, o recordista
O ministro da Justiça, Flávio Dino, deixará o comando do Ministério da Justiça sem responder a 47 requerimentos de convocação impetrados por integrantes da Câmara dos Deputados. A informação é da Folha...
O ministro da Justiça, Flávio Dino, deixará o comando do Ministério da Justiça sem responder a 47 requerimentos de convocação impetrados por integrantes da Câmara dos Deputados. A informação é da Folha.
Segundo o jornal, “Dino é o campeão disparado entre os ministros no ranking de convocações por parlamentares”. “Isso se deve à amplitude de temas da pasta que ainda comanda e ao seu estilo combativo e debochado, com muitas frases de efeito e provocações”, acrescenta a Folha.
Ainda segundo o jornal, dos requerimentos que ainda tramitam na Casa, 12 são referentes a encontros mantidos por dirigentes da pasta com Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, líder da facção criminosa Comando Vermelho no Amazonas. Luciane é conhecida como a “Dama do Tráfico amazonense”.
“Em segundo lugar aparecem 9 pedidos de depoimentos ligados a supostas falhas do Executivo sobre os ataques de 8 de janeiro do ano passado. Há ainda requerimentos relacionados a temas como armas, regulação de plataformas de internet e ações do MST”, informa o jornal.
Como Flávio Dino vai deixar o comando do Ministério da Justiça em duas semanas, não haverá tempo hábil de ouvi-lo sobre esses assuntos. Outra questão que dificulta o trabalho das comissões temáticas da Câmara é o recesso parlamentar. Os deputados e senadores voltam ao trabalho normalmente apenas em 1º de fevereiro.
Em outubro, Dino faltou a duas sessões seguidas da Comissão de Segurança Pública.
Na primeira, Flávio Dino justificou a ausência com um ofício enviado meia hora após o início da sessão informando que não iria por causa da operação “Bad Vibes”, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, em 12 estados, nesta manhã. O ministro pediu para que uma nova data seja remarcada.
Depois, na remarcação, Dino afirmou que não teria “tempo” para atender aos parlamentares.
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