Biden mantém postura dos EUA e nega apoio à independência de Taiwan após eleições
Joe Biden segue se posicionando de forma contundente sobre questões diplomáticas e gerando tensões entre apoiadores e opositores. Dessa vez...
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reafirmou neste sábado (13), a posição oficial de seu governo de não apoiar a independência de Taiwan. Essa declaração surge após a eleição de um presidente mais anti-China em Taiwan, intensificando as tensões com o governo de Pequim.
Eleições em Taiwan
O candidato do Partido Democrático Progressista (PDP), Lai Ching-te, venceu a eleição com 40,1% dos votos, derrotando seus rivais do Kuomintang (KMT) e do Partido do Povo de Taiwan (PPT), com 33,5% e 26,5% dos votos, respectivamente. Diante dessa vitória, Biden declarou que “Não apoiamos a independência”, enfatizando a política oficial dos EUA em relação a Taiwan.
Taiwan é uma ilha autônoma que a China considera parte inalienável de seu território e um tema muito sensível em suas relações internacionais. Mesmo assim, os EUA mantêm apoio significativo a Taiwan, sendo seu principal patrocinador internacional e fornecedor de armas, apesar da falta de laços diplomáticos formais.
Compromisso com a Estabilidade no Estreito
Antony Blinken, chefe da diplomacia americana, parabenizou Lai Ching-te por sua vitória e afirmou que os EUA estão comprometidos em manter a paz e a estabilidade no estreito que separa China e Taiwan. Ele também expressou o desejo de colaborar com líderes de todos os partidos em Taiwan para fortalecer as relações entre os países.
Afirmando o desejo de resolver as diferenças pacificamente e livre de coerção e pressão, Blinken disse que os EUA esperam trabalhar com Lai para desenvolver seu “relacionamento não oficial de longa data, consistente com a política dos EUA de ‘uma só China'”.
Reações Internacionais
O Reino Unido descreveu as eleições como um testemunho da democracia vibrante em Taiwan e instou a uma resolução pacífica das diferenças com Pequim. Na mesma linha, o Japão expressou esperança de que o novo governo contribua para a paz e a estabilidade na região.
Em contraste, a Rússia, aliada próxima da China, reiterou sua visão de Taiwan como parte integral da China e não como um território independente.
Inicialmente, autoridades do governo de Taiwan expressaram preocupações de que a China possa tentar pressionar o novo presidente nos próximos dias, o que pode incluir a realização de manobras militares perto da ilha. Biden planeja enviar uma delegação bipartidária para a ilha autônoma, em um gesto de apoio.
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