Taiwan elege Lai Ching-te, defensor da independência da ilha
Lai Ching-te (foto), candidato do Partido Democrático Progressista (PDP), venceu a eleição deste sábado, 13, e será o presidente de Taiwan nos...
Lai Ching-te (foto), candidato do Partido Democrático Progressista (PDP), venceu a eleição deste sábado, 13, e será o presidente de Taiwan nos próximos quatro anos. Ele obteve 40,2% dos votos e era o candidato mais favorável à independência da ilha.
Hou Yuh-ih, candidato do Kuomintang (KMT), principal partido da oposição em Taiwan, já reconheceu a derrota. Hou Yuh-ih defende a aproximação com a China.
“Respeito a decisão final do povo taiwanês (…) Parabenizo Lai Ching-te e Hsiao Bi-khim [parceira de candidatura presidencial] pela sua eleição, esperando que não desapontem as expectativas do povo taiwanês”, afirmou o candidato do Kuomintang, que obteve 33% dos votos.
O candidato do Partido Popular de Taiwan (TPP), Ko Wen Je, com 26%, também reconheceu a derrota para William Lai Ching-te.
Ameaças chinesas
Taiwan está separada de fato da China continental desde 1949, quando o exército comunista de Mao Tsé-Tung derrubou as forças nacionalistas chinesas. Estas, por sua vez, buscaram refúgio na ilha e transformaram um governo autoritário em uma democracia na década de 1990.
A China, por outro lado, nunca abandonou a ideia de “reunificar” o país, mesmo que para isso seja necessário o uso de força militar. Nesta sexta-feira, o Exército Chinês fez uma declaração prometendo “esmagar” qualquer intenção de independência por parte de Taiwan, ilha situada a cerca de 180 km da costa chinesa.
Rivalidade entre China e Estados Unidos
A situação política de Taiwan é um dos pontos mais delicados nas relações entre China e Estados Unidos, sendo este último o maior apoiador militar da ilha. Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado americano, declarou que cabe aos eleitores de Taiwan, sem interferência externa, decidir sobre a escolha do seu próximo líder.
O futuro de Taiwan, portanto, caminha sobre uma fina linha, equilibrando-se entre a pressão de uma China cada vez mais assertiva e a necessidade de manter a estabilidade regional sem ceder à interferência estrangeira.
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