Não está fácil para ninguém: alta renda global em crise
Ações de empresas donas de marcas do segmento de luxo global acumulam pelo menos 25% de queda desde as máximas registradas em abril e maio do ano passado. Em comunicado ao mercado nesta sexta-feira, a requintada grife inglesa Burberry acrescentou ao pessimismo dos investidores...
Ações de empresas donas de marcas do segmento de luxo global acumulam pelo menos 25% de queda desde as máximas registradas em abril e maio do ano passado. Em comunicado ao mercado nesta sexta-feira, a requintada grife inglesa Burberry acrescentou ao pessimismo dos investidores e avisou que o ritmo de vendas recentes tem decepcionado.
“Experimentamos ainda mais desaceleração nas vendas no mês chave de Dezembro e agora entendemos que nossos resultados fechados do ano passado devem ficar abaixo das previsões anteriores“, explicou em nota o CEO do marca, Jonathan Akeroyd.
A Burberry divulgou recentemente que o resultado preliminar de vendas para o último trimestre do ano passado havia recuado 7% para pouco mais de &00 milhões de libras esterlinas para contra 756 milhões para o mesmo período de 2022.
As ações da companhia acumulam cerca de 50% de queda desde abril do ano passado. Somente nesta sexta-feira, 12, os papéis encerraram as negociações em queda de 5,51% na bolsa de Londres, mas chegaram a cair quase 15% no início da sessão.
As marcas de luxo surfaram um ótimo momento econômico durante a pandemia, mas têm enfrentado dificuldades para manter o crescimento dos negócios desde a reabertura e com a desaceleração da economia chinesa. Boa parte do consumo de alta renda ganhou impulso com a profusão de novos bilionários chineses nos últimos anos.
A suíça Richmont, dona da famosa marca de relógios Cartier, apontou as primeiras dificuldades nos balanços do trimestre encerrado em setembro do ano passado com queda de 2% nas vendas. As ações da holding acumulam mais de 27% de queda até agora e, nesta sexta-feira, também enfrentou pessimismo dos investidores que fizeram o ativo cair mais de 2,5% nas primeiras horas de pregão.
O icônico grupo LVMH, dono de marcas como Louis Vuitton, Christian Dior, Möet & Chandon, Bulgari e outros, também não escapou do mal humor do mercado com os resultados recentes. As ações da empresa abriram as negociações em queda de 3,66% e embora tenham apresentado recuperação durante o dia, encerraram o pregão em queda de 0,34%. Desde as máximas de abril, os papéis acumulam cerca de 25% de perdas.
Quem sabe a liquidação de início de ano favorece os abastados. Só resta a torcida.
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