Equador: canal de TV invadido por criminosos volta a transmissão
Invadido por criminosos na terça-feira, 9 de janeiro, o canal público de televisão TC, de Guayaquil, no Equador, voltou à sua rotina...
Invadido por criminosos na terça-feira, 9 de janeiro, o canal público de televisão TC, de Guayaquil, no Equador, voltou à sua rotina de transmissão.
“O telejornal está de volta”, disse a apresentadora Saskia Bermeo emocionada em transmissão nesta quinta-feira, 11 de janeiro.
Ela ainda disse que o telejornal “está de volta aqui no mesmo espaço onde tentaram nos silenciar”.
“Estamos voltando agora com mais força e mais comprometidos com as pessoas que acordam com nosso sinal para sair e construir um Equador melhor”, acrescentou a jornalista.
Invasão
A invasão ocorreu pelo final da tarde da terça, 9.
Os agressores obrigaram os funcionários a se deitarem no chão enquanto o programa era transmitido.
Algumas das pessoas encapuzadas foram vistas deixando o palco juntamente com alguns funcionários.
Esse incidente ocorre em meio aos sequestros de policiais e uma série de explosões, que aconteceram um dia após o presidente Daniel Noboa declarar estado de exceção.
Após a invasão da emissora, Noboa elevou as operações militares com a declaração de “conflito armado interno“.
Os 13 invasores foram detidos pela polícia equatoriana.
Veja o momento em que os bandidos renderam os funcionários da emissora:
Transmissão ao vivo da emissora de televisão equatoriana TC é interrompida por indivíduos encapuzados e armados, em Guayaquil. Os agressores obrigaram os funcionários a se deitarem no chão enquanto o programa era transmitido. pic.twitter.com/bFXZyRXbTz
— O Antagonista (@o_antagonista) January 9, 2024
Estado de exceção
O estado de exceção foi uma resposta à fuga de Adolfo Macias, conhecido como Fito, líder do grupo criminoso conhecido como Los Choneros, Além disso, outros incidentes prisionais recentes, como a tomada de guardas como reféns, também contribuíram para a medida do presidente.
Fito, que cumpria pena de 34 anos por homicídios e roubos, é considerado o principal a ter ameaçado o candidato a presidente Fernando Villavicencio, que acabou morto ainda durante o processo eleitoral.
Agora, após a sua fuga de uma prisão regional em Guayaquil, o presidente Daniel Noboa decretou estado em exceção no país, para tentar frear uma escalada da violência no país, seja da gangue dos Choneros, seja por combates com gangues rivais, como Los Lobos.
A polícia e o exército do Equador mobilizaram mais de 3.000 homens para tentar localizar Fito. Até o final da tarde desta terça-feira, o seu paradeiro permanece desconhecido.
Ao todo, os Choneros somam cerca de 12.000 integrantes.
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