Campos Neto não terá de se explicar a Haddad neste ano
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não terá que dar explicações ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a inflação de 2023...
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não terá que dar explicações ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a inflação de 2023.
Como o Brasil teve uma inflação acumulada de 4,62% no ano passado, resultado dentro do intervalo da meta de inflação para o ano, Campos Neto não precisa redigir a famosa carta de explicações.
O patamar da inflação é definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2023 era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, o índice de preços poderia variar entre 1,75% e 4,75%.
Inflação em dezembro
Em dezembro, os preços subiram 0,56%. No último mês, o destaque foi o grupo de Alimentação e bebidas, que registrou a maior variação (1,11%) e o maior impacto (0,23 ponto percentual) no índice geral.
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado, segundo o IBGE, representa uma forte aceleração, já que o IPCA havia fechado novembro com alta de 0,28%. Em dezembro de 2022, teve alta de 0,62%.
Todos os grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês — veja tabela no fim da reportagem. Mas o grupo Alimentação e bebidas, principal responsável pela desinflação de 2023, foi destaque de alta pelo segundo mês seguido.
Alimentos batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%) subiram de preço.
Já a Alimentação fora do domicílio teve alta de 0,53% no mês, acelerando em relação ao mês anterior (0,32%). O instituto destaca as altas do lanche (0,74%) e refeição (0,48%), que subiram mais que em novembro (0,20% e 0,34%).
“O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas”, explica o gerente do IPCA, André Almeida.
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