Insegurança com fiscal marca 8º dia de alta nos juros futuros
O mercado financeiro continua a piorar as expectativas para os juros conforme as chances de uma resolução para o desequilíbrio fiscal de 2024 vão se deteriorando. A insistência do governo em ressuscitar a tributação sobre a folha de pagamentos dos setores mais intensivos em mão-de-obra tem causado desconforto não só entre os parlamentares, mas também entre agentes econômicos....
O mercado financeiro continua a piorar as expectativas para os juros conforme as chances de uma resolução para o desequilíbrio fiscal de 2024 vão se deteriorando. A insistência do governo em ressuscitar a tributação sobre a folha de pagamentos dos setores mais intensivos em mão-de-obra tem causado desconforto não só entre os parlamentares, mas também entre agentes econômicos.
Desde a edição da MP da Reoneração, os juros futuros locais registraram alta em todas as sessões. Nesta quarta-feira, a curva futura registrou a oitava alta consecutiva. O movimento precifica redução significativa no espaço para cortes futuros da Selic pelo Banco Central.
Para se ter uma ideia, em 27 de dezembro, a expectativa era de 265 pontos base de queda da taxa básica de juros brasileira até a mínima em janeiro de 2025. Com o aumento da desconfiança com as contas públicas, esse piso agora contempla 50 pontos base a menos, ou 215 pontos base, o que levaria a Selic a 9,5% ao ano até 2025, contra os 9% esperados anteriormente.
A desconfiança do mercado é de que o imbróglio sobre a reoneração da folha de pagamentos provoque uma revisão da meta fiscal para o ano, como indicado recentemente pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan em entrevista.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, sofre não só com o risco fiscal, que castiga empresas mais alavancadas, mas também com a queda no preço das commodities globalmente. Em quatro dos sete pregões deste ano, o indicador encerrou o dia em baixa e acumula 2,5% de perdas em 2024.
Nesta quarta-feira, a queda nos preços do petróleo e do minério de ferro empurrar as duas gigantes da bolsa – Vale (-1,50%) e Petrobras (-0,92% PN e -0,99% ON) – para a posição de principais contribuições para o fechamento em -0,46% do Ibovespa, que ficou em 130,8 mil pontos.
O dólar encerrou o dia em queda de 0,29% contra real, cotado a US$ 4,89.
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