Presidente do Equador promete deportar detentos estrangeiros
O presidente do Equador, Daniel Noboa (foto), afirmou nesta quarta-feira, 10, que seu país começará a deportar detentos estrangeiros...
O presidente do Equador, Daniel Noboa (foto), afirmou nesta quarta-feira, 10, que seu país começará a deportar detentos estrangeiros.
O objetivo da medida é reduzir a população carcerária e os gastos com segurança pública em meio ao surto de violência no país.
Em entrevista à rádio Canela, ele disse haver cerca de 1.500 colombianos presos no país. Juntos, os prisioneiros de Colômbia, Peru e Venezuela representam 90% dos estrangeiros detidos no Equador.
Estado de “conflito armado interno”
Diante da crise na segurança pública equatoriana, o presidente Daniel Noboa decretou na terça, 9, “estado de conflito armado interno” no país para controlar a situação e garantir a segurança.
Na segunda, 8, Noboa já havia declarado estado de exceção para permitir que as Forças Armadas interviessem no sistema prisional equatoriano.
A fuga do líder da maior facção criminosa do Equador
O estado de exceção foi uma resposta à fuga de Adolfo Macias, conhecido como Fito, líder do cartel Los Choneros, no domingo, 7. Ele cumpria pena de 34 anos de prisão por crime organizado, narcotráfico e homicídio.
Em setembro de 2023, Fito foi enviado a uma prisão de segurança máxima após o assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à Presidência do Equador morto com três tiros na cabeça enquanto deixava um comício em 9 de agosto de 2023. Uma semana antes de morrer, o político havia relatado que o líder da maior facção criminosa do Equador o havia ameaçado de morte.
A polícia e o Exército do Equador mobilizaram mais de 3 mil homens para tentar localizar Fito.
Ausência de Estado no Equador
A fuga de Adolfo Macías, o Fito, de uma prisão no domingo, 7, e as rebeliões em seis cadeias no dia seguinte mostram que o país não tem controle das suas prisões. Para o tráfico de drogas, é extremamente fácil subornar carcereiros mal remunerados.
A exemplo de diversos outros países da América Latina, o Equador não tem dinheiro para fazer um investimento extra em segurança.
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