Greve na Alemanha caminha para 3º dia e linhas de metrô são paralisadas
Após 3 dias, greve na Alemanha segue causando transtornos para a população
Prevista para durar três dias, a greve dos sindicatos de condutores de trem na Alemanha frustrou os planos de centenas de milhares de passageiros. A paralisação se soma aos protestos dos agricultores na maior economia da Europa.
A companhia de transporte ferroviário Deutsche Bahn foi obrigada a operar com uma programação emergencial, reduzida. Apenas um em cada cinco trens de alta velocidade de longa distância funciona e os serviços regionais foram severamente limitados, informou um porta-voz da empresa.
Os impactos da greve o impasse nas negociações
No estado alemão de Colônia, trabalhadores tentavam se adaptar às mudanças de horários nas estações. Ulrich Linke, cujo trem não apareceu, afirmou à agência Reuters que esperaria o próximo trem no congelante frio de sete graus negativos na estação principal.
“É triste quando você trabalha na área de saúde”, disse Alex Mueller, completando: “Trabalhamos em uma casa de repouso e temos que ir trabalhar”.
O líder da associação alemã de agricultores, DBV, prometeu intensificar os protestos, após colunas de tratores bloquearem estradas por todo pais. Os protestos e a greve aumentam a pressão sobre o governo de coalizão do chanceler Olaf Scholz, que enfrenta crescentes problemas econômicos.
O prolongado conflito sobre o pagamento e as horas de trabalho dos condutores de trem voltou à baila após uma trégua de três semanas no Natal. O sindicato GDL busca uma redução da semana de trabalho de seus trabalhadores de turno, de 38 para 35 horas, nos salários atuais. A Deutsche Bahn ofereceu flexibilidade nas horas de trabalho, mas se recusou a reduzi-las sem um corte de salário.
A posição do sindicato e a resposta da companhia de trens
A empresa de trens argumenta que as demandas do sindicato levariam a um aumento de 50% nos custos de pessoal, em parte porque teria que contratar mais trabalhadores em um momento em que a Alemanha enfrenta uma escassez de mão de obra qualificada.
“Estamos preparados para fazer concessões e reduzir gradualmente as horas de trabalho semanais para dar ao empregador a oportunidade de treinar o pessoal”, afirmou o chefe da GDL, Claus Weselsky, à emissora pública ZDF. “Se não conseguirmos nada até sexta-feira, faremos uma pausa e então iniciaremos a próxima rodada de ações industriais”, acrescentou.
A greve também afetou os motoristas de trens de carga, o que levanta preocupações sobre a cadeia de suprimentos, pois quase um quinto do tráfego de cargas alemão é transportado por via ferroviária.
Esta paralisação em massa dos transportes surge em meio a uma queda de 30% nas ações da Grifols, que perdeu quase 3 bilhões de euros em valor de mercado.
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