Inflação será o foco na semana do investidor
A agenda econômica pouco movimentada na semana deve concentrar a atenção do mercado financeiro em dados de inflação aqui e nos Estados Unidos. Na quinta-feira, 11, ambos os países divulgam dados da pressão sobre os preços...
A agenda econômica pouco movimentada na semana deve concentrar a atenção do mercado financeiro em dados de inflação aqui e nos Estados Unidos. Na quinta-feira, 11, ambos os países divulgam dados da pressão sobre os preços.
Por aqui, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro promete devolver a inflação para os limites da meta de 2023, algo que não acontece há dois anos. A expectativa do mercado é que o indicador tenha ficado em 4,55% no ano passado, abaixo do limite de 4,75% do teto da meta. Na leitura mensal, a expectativa, no entanto, é de aceleração, com o índice passado de 0,28% em novembro para 0,50% agora.
Nos Estados Unidos, o consenso de mercado também mostra aceleração inflacionária. O dado do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) deve subir de 0,1% em novembro para 0,2% em dezembro. Na leitura anual, o número deve subir para 3,2% no ano de 2023, contra 3,1% nos 12 meses terminados em novembro.
Se o dado de preços ao consumidor não surpreenderem negativamente por aqui, é possível que as vozes que têm pressionado por um aumento nos cortes da taxa dos juros básicos ganhem força. Nos Estados Unidos, o mesmo movimento é esperado. Caso a pressão sobre os preços se mantenha dentro da expectativa, as apostas no início dos cortes dos juros por lá em março deste ano devem reforçar as posições. Na semana passada, dados do mercado de trabalho levaram a uma leve reprecificação dos juros após uma geração de emprego mais forte que a esperadas.
Na agenda política, parlamentares da oposição tem articulado a derrubada a Medida Provisória da Reoneração da Folha e também o veto do ex-presidente Lula ao dispositivo da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que cria um calendário para o governo empenhar as emendas parlamentares. Essas ações evidenciam a irritação do Congresso com o governo atual. O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, agendou uma conversa com líderes partidário ainda esta semana para definir o futuro da MP da Reoneração, que tende a ser apreciada na volta do recesso palamentar.
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