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Federação Israelita critica “supostos defensores dos direitos humanos”

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5 minutos de leitura 05.01.2024 11:39 comentários
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Federação Israelita critica “supostos defensores dos direitos humanos”

O presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, Alberto David Klein, enviou a O Antagonista um artigo inédito com sua crítica ao posicionamento de “políticos, intelectuais, acadêmicos e líderes comunitários” sobre Israel, desde o massacre cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023...

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Federação Israelita critica “supostos defensores dos direitos humanos”
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O presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, Alberto David Klein, enviou a O Antagonista um artigo inédito com sua crítica ao posicionamento de “políticos, intelectuais, acadêmicos e líderes comunitários” sobre Israel, desde o massacre cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

Eis a íntegra:

O que podemos esperar de 2024?

Desde outubro do ano passado, até o início deste 2024, a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ) recebeu, aproximadamente, 650 denúncias de antissemitismo por meio de mensagens de WhatsApp e pelo site que lançou para apurar agressões que não cessam, embora estejam sendo acionadas autoridades policiais e provedores de Internet para apurar esses casos. 

Há ofensas à dignidade dos judeus (injúrias); manifestações que querem intimidar e ameaçam com citações aos horrores do Holocausto, revalidando o extermínio. Destila-se ódio sob insidiosa desculpa de que Israel é o verdadeiro e único culpado pelo conflito no Oriente Médio.

Cabe questionar: Quem se lembra de que os ataques terroristas do Hamas mataram 1.200 pessoas a sangue frio e raptaram 240, incluindo bebês, crianças, mulheres e idosos? Onde estavam todos os defensores da justiça e da igualdade no dia 7 de outubro de 2023? E no dia seguinte? Por que não bradaram contra essa atrocidade imediatamente?

Por que supostos defensores de direitos humanos falham, até hoje, deixando de condenar a barbárie perpetrada pelo Hamas contra uma população civil inocente? Por que não se indignam com a violência sexual e a brutalidade com que foram cometidos os assassinatos, ainda mais os de crianças e de bebês judeus?

Vidas de judeus importam ou valem menos? Mulheres judias importam, ou seus estupros merecem menos repúdio? Crianças judias importam, ou elas são menos inocentes? Os reféns importam? Esse tipo de terrorismo é justificável? Por que falham até agora em cobrar o retorno de todos os sequestrados (judeus e árabes israelenses, além de estrangeiros) e a rendição do Hamas? Há muita indignidade indesculpável e sem respostas pairando no ar.

Havia um cessar-fogo em vigor, antes dos ataques de 7 de outubro, e ele foi quebrado pelo Hamas, que, inclusive, acabou de desrespeitar um novo tratado informal durante esta guerra.

Por que tantas reticências, quando falamos que o Hamas pratica terrorismo? Por que seus atos monstruosos, desumanos, são chamados de “atos de resistência”, como se estupro e assassinato indiscriminado com requintes de crueldade pudessem ser caracterizados assim?                       

O Hamas é considerado como organização terrorista por vários países e entidades internacionais, incluindo os Estados Unidos, a União Europeia, Israel, Canadá e outros. Lembrando que a União Europeia condenou o grupo terrorista Hamas por usar ‘hospitais e civis como escudos humanos’ na Faixa de Gaza.

Por que, então, não temos mais vozes cobrando valor moral ou ético, ou mesmo comprometimento com valores humanistas do Hamas e de seus correligionários?

Por que há os que gritam, sem qualquer vergonha, palavras de ordem que invocam genocídio dos judeus como ‘…do rio ao mar…’ (exigindo a destruição do único Estado Judeu) ou ‘globalizar a intifada’ (pedindo para que a matança indiscriminada de judeus seja estendida a todo o globo, ainda mais grave do que no Holocausto nazista)?

Insuflar a população contra os judeus é claro exemplo de antissemitismo! É exatamente por isso que temos a necessidade de existir em um Estado que dê proteção e asilo ao povo judeu, tanto tempo exilado e perseguido. Ou os judeus são o único povo que não tem direito a retornar à sua terra ancestral?

Por que criam narrativas para descaracterizar o sionismo, que significa tão somente o direito do retorno do povo judeu à sua terra ancestral para nela estabelecer um Estado soberano, sem qualquer prejuízo ao estabelecimento de Estado Palestino ou ao reconhecimento de sua autodeterminação?

Por que a única minoria que não tem direito de nem mesmo ditar o que seria preconceito contra ela são os judeus? Por que não têm o direito de perceber o antissemitismo, mas têm de aceitar o que outros dizem sê-lo ou não?

Por que há tanta gana em invocar o Holocausto justamente contra as suas vítimas? É válido utilizar indiscriminadamente analogias que caracterizem judeus como nazistas? Isso é hipocrisia ou má-fé?

Políticos, intelectuais, acadêmicos e líderes comunitários mostram-se mais preocupados em criar narrativas para alcançar os seus objetivos pontuais do que interessados em verdadeiramente prestar socorro e demonstrar empatia às vítimas do terrorismo do Hamas: israelenses e palestinos!

As argumentações que ofendem judeus, estimulam antissemitismo e dão aval à destruição de Israel não contribuem para a paz no Oriente Médio. Assim, por que insistem na apologia à destruição do Estado de Israel?

Ideal, neste ano, seria investirmos tempo e esforços para reconstruir relacionamentos, evitar narrativas, mostrar fatos e trazer de volta o respeito, a tolerância e a empatia. Devemos lutar contra toda e qualquer discriminação, racismo, inclusive o antissemitismo contra judeus.

Pacificar é responsabilidade política de todas as lideranças e isso passa por reconhecer que Israel exerce o seu direito à defesa e tem por obrigação proteger todos os seus cidadãos (judeus, árabes, muçulmanos, cristãos, drusos e outras minorias).

* Alberto David Klein é presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ)

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