Os ativos locais reagiram à ata do Fomc (Federal Open Market Committee), espécie de Copom (Comitê de Política Monetária) americano. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a sessão praticamente estável, com alta de 0,10%, descolado dos mercados americanos que fecharam a quarta-feira, 3, no vermelho.

O índice brasileiro ficou em 132,8 mil pontos, puxado pelas ações da Petrobras (PN +3,12%, ON +3,40%). O petróleo impulsionou as petroleiras com um salto nos preços do barril tipo Brent (+3,11%) em resposta a problemas de oferta na Líbia, tensões no Oriente Médio e uma declaração da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) sobre a estabilização dos preços.

Na ponta oposta, os papéis de Itaú (-1,10%) e Vale (-0,52%) foram as principais contribuições negativas.

Na ata da autoridade monetária americana, os participantes consideraram que a taxa básica de juros está próxima ou no pico deste ciclo de aperto e reafirmaram que a política deve permanecer restritiva até que a inflação esteja claramente recuando de forma sustentável.

Apesar do tom um pouco mais contido que o esperado, as taxas intermediárias e longas brasileiras reduziram a alta após a divulgação do documento, com os vencimentos acima de um ano avançando até dois pontos base no fim da sessão. As taxas curtas continuaram o movimento de redução recente e recuaram até 1 ponto base.

Nos Estados Unidos, os investidores reduziram um pouco as apostas no início do ciclo de cortes por lá em março, mas ainda assim a precificação do mercado indica uma chance acima de 75% para uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros americana no terceiro mês do ano.

O dólar, que se valorizou logo após a publicação da ata do Banco Central americano, desacelerou o avanço com o passar do dia e encerrou as negociações em leve alta contra as moedas emergentes. Na comparação com o real, a divisa americana ficou praticamente estável, com alta de 0,04%, cotada a R$ 4,92.