Deputados federais integrantes da Comissão de Segurança Pública da Câmara criticaram o instituto do “saidão” de Natal e afirmam que pretendem pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a acelerar a tramitação de uma proposta que acaba com o benefício no país.

Em 2022, um projeto de autoria do deputado federal Pedro Paulo (MDB-RJ) foi aprovado no plenário da Câmara, com o apoio de 311 deputados. Desde então, a proposta está parada no Senado, aguardando deliberação da Comissão de Segurança Pública.

Como mostramos ontem, 321 detentos em São Paulo não voltaram para as prisões após serem beneficiados com o “saidão”. No Rio de Janeiro, 253 não retornaram aos presídios e foram considerados foragidos.

No caso fluminense, dois destes fugitivos foram condenados à prisão sob suspeita de comandar as maiores facções de tráfico de drogas no estado: Saulo Cristiano Oliveira Dias, 42, conhecido como SL; e Paulo Sérgio Gomes da Silva, 47, o Bin Laden.

“Está evidente que não podemos mais tolerar este tipo de benefício a criminosos. Precisamos urgentemente retomar o debate no Congresso Nacional sobre esse assunto”, afirmou o deputado federal Sargento Portugal (Podemos-RJ).

Na mesma linha, o deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) também declarou.

“Bandido tem que cumprir a pena dele, não tem que estar perambulando em meio a sociedade estando condenado. Temos que pressionar o Senado para que o fim das ‘saidinhas’ volte ao debate aqui no Congresso Nacional, visto que já foi aprovado aqui na Câmara”, declarou Gonçalves.

Outro que enveredou pelo mesmo caminho foi o deputado bolsonarista Rodrigo Valadares (União-SE).

“Há uma inversão de valores entre o bem e o mal. Em períodos festivos deixamos à sociedade à mercê da bandidagem que se encontra solta nas ruas levando pânico. O Senado precisa dar uma resposta aos brasileiros, e votar essa importante matéria para o fim da saída temporária de presos”.