Milei desafia Congresso e sugere plebiscito por reformas
O presidente argentino, Javier Milei, delineou na terça-feira, 26, os primeiros passos e comentou os desafios enfrentados pelo seu governo em entrevista ao jornalista Luís Majul, do jornal La Nación. Ele destacou...
O presidente argentino, Javier Milei, delineou na terça-feira, 26, os primeiros passos e comentou os desafios enfrentados pelo seu governo em entrevista ao jornalista Luís Majul, do jornal La Nación. Ele destacou a necessidade urgente de um choque nas políticas econômicas, dada a situação caótica atual da Argentina, com hiperinflação e pobreza galopante.
Milei mencionou o lançamento de um programa de estabilização ortodoxo, incluindo um ajuste fiscal rigoroso, com 60% desse ajuste recaindo sobre os políticos.
Sobre a aprovação das medidas, desafiou: “Se o Congresso se opõe a algo que beneficia a população, por que não um plebiscito?”
“Essas medidas parecem audaciosas para um observador convencional”, disse o presidente argentino, deixando claro que não está disposto a abrir mão das principais promessas de campanha.
Milei ficou em segundo lugar no primeiro turno das eleições presidenciais, mas virou o placar no segundo turno com a migração dos votos de outros candidatos, como de Patricia Bullrich, líder do partido Proposta Republicana, que ficou em terceiro lugar. Bullrich foi escolhida como Ministra da Segurança por Milei.
Motosserra
Durante a campanha, Milei usou a imagem de uma motosserra para simbolizar sua intenção de cortar radicalmente o tamanho do estado e os gastos públicos na Argentina. Entre as medidas do seu pacotaço está o corte de sete mil empregos públicos.
A medida está alinhada às políticas de austeridade do anunciado governo mais liberal da história da Argentina, e impede a renovação de contratos de trabalhadores empregados há menos de um ano no Executivo e em organizações controladas pelo Estado, incluindo empresas públicas e corporações como a petroleira YPF.
O objetivo é reduzir o tamanho da máquina estatal argentina e realizar uma auditoria sobre o total do funcionalismo público do país. O governo também estuda a implementação de um congelamento salarial e redução de até 15% na remuneração para a elite do funcionalismo público do país.
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