Kim Jong-un: segundo reator nuclear e cooperação com Putin
Um segundo reator nuclear norte-coreano pode ter atingido o “ponto crítico”, o que significa que Kim Jong-un teria uma nova fonte para fabricar armas nucleares.
A Agência Internacional de Energia Atômica afirmou que o aumento da atividade em instalação nuclear norte-coreana sugere que ela deve estar produzindo plutônio.
Segundo o alerta do órgão de vigilância e de especialistas da ONU, um segundo reator nuclear norte-coreano pode ter atingido o “ponto crítico”, o que significa que a Coreia do Norte teria uma nova fonte para fabricar armas nucleares.
A agência da ONU observou uma recente descarga de água quente do sistema de resfriamento de um novo reator maior de água leve (LWR) no local, sugerindo que a reação nuclear em cadeia no reator agora é autossustentável. A descarga de água quente é um indicativo de que o reator atingiu o nível crítico.
O reator está na instalação nuclear de Yongbyon, localizada a cerca de 100 quilômetros ao norte de Pyongyang, onde Kim Jong-un já possui um reator de 5 megawatts.
O primeiro reator da Coreia do Norte é capaz de produzir plutônio para uso militar desde a década de 1980.
Desde 2019 o líder norte-coreano Kim Jong Un vem reforçando abertamente as suas capacidades de mísseis.
Cooperação militar entre a Coreia do Norte e a Rússia
Com a eleição de Yoon Suk-yeol para presidente da Coreia do Sul, em Março de 2022, as tensões na Península Coreana foram agravadas.
Em contraposição ao fortalecimento da aliança Coreia do Sul e EUA, a Coreia do Norte mostrou uma clara intenção de reforçar os laços com a Rússia para manter a sua influência na Península. Isto ficou explícito no encontro de cúpula entre Kim Jong Un e o presidente russo Vladimir Putin, em setembro de 2023.
Nos últimos meses, Kim Jong Un concentrou-se no fortalecimento dos laços com a Rússia, o que incluiu a recepção do Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, e do Ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
Embora a Coreia do Norte tenha negado as acusações de que estaria fornecendo munições à Rússia na guerra contra a Ucrânia, numerosos relatórios mostram o contrário.
A agência de espionagem sul-coreana acredita que a Coreia do Norte tenha enviado mais de um milhão de projéteis de artilharia para a Rússia desde agosto. Além disso, os militares sul-coreanos suspeitam que a Coreia do Norte tenha enviado vários tipos de mísseis para a Rússia, incluindo mísseis balísticos de curto alcance, mísseis antitanque e mísseis antiaéreos portáteis.
É possível também que a Rússia tenha fornecido apoio à Coreia do Norte para lançar com sucesso o seu primeiro satélite militar, conforme Putin havia prometido em seu encontro com Kim Jong Un.
Segundo Seul, Pyongyang já violou incessantemente o acordo militar de 2018 ao conduzir atividades militares perto das fronteiras intercoreanas, o que é proibido pelo acordo.
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