O Senado Federal adiou para esta quarta-feira, 20, a votação da MP (Medida Provisória) que trata da subvenção do ICMS. A sessão estava prevista para ontem, mas foi adiada por falta de consenso. De acordo com a equipe econômica do governo essa é uma das mais importantes propostas da pauta arrecadatória da Fazenda. A votação está marcada para as 16h, após a promulgação da reforma tributária.

Para o mercado financeiro, o avanço da matéria no Congresso Nacional também trará um pouco mais de elementos para avaliar a credibilidade da meta fiscal de déficit zero defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e aprovada na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) na terça-feira.

Na agenda econômica, os destaques do dia ficam por conta do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado a prévia do PIB (Produto Interno Bruto) referente ao mês de outubro, com divulgação prevista para as 9h, e a arrecadação de novembro, que será divulgada às 10h30.

A expectativa para o IBC-Br, de acordo com a Bloomberg, é que outubro mostre um recuo de 0,20% em relação a setembro (-0,06%). Caso se confirme, esse seria o terceiro mês consecutivo de retração econômica na medição feita pelo indicador. A previsão para a arrecadação de novembro também não deve animar os investidores e deve registrar queda em R$ 180,3 bilhões,  contra os R$ 215,6 bilhões registrados em outubro.

No cenário internacional, o PBoC (Banco Central da China) encerrou a sequência de decisões sobre juros nacionais iniciada na semana passada com a manutenção das taxas de referência das LPRs (Loan Prime Rates) de um ano e cinco anos em 3,45% e 4,20%, respectivamente.

A semana ainda guarda anúncios importantes para o próximos dias como o PIB do terceiro trimestre, previsto para quinta-feira, 21, e o PCE (Índice de Despesas de Consumo Pessoal) de novembro, nos Estados Unidos, no dia seguinte. Vale ressaltar que o indicador de inflação PCE é o índice de inflação acompanhado com mais atenção pelo Federal Reserve e tem potencial, portanto, para alterar as perspectivas de juros futuros.

Em meio a três sessões seguidas de alta do petróleo, os Estados Unidos devem divulgar ainda nesta quarta-feira os estoques de petróleo do DoE (Departamento de Energia dos Estados Unidos), às 12h30. A previsão é que haja uma queda de 2,5 milhões de barris nos estoques, o que pode pressionar ainda mais o preço da commodity.

Às 8h07, o barril de petróleo tipo Brent operava em alta de 1,20%, acima dos US$ 80 pela primeira vez desde o início do mês. Nos últimos três dias, o combustível acumula mais de 4,5% de alta em função do aumento das tensões no mar vermelho.