A hora e a vez de Campos Neto explicar o ritmo de cortes nos juros
Investidores locais estarão atentos à divulgação da ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central na terça-feira, 18. O texto deve esclarecer quais são os riscos avaliados pela autoridade monetária para manter o tom conservador no encontro...
Investidores locais estarão atentos à divulgação da ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central na terça-feira, 18. O texto deve esclarecer quais são os riscos avaliados pela autoridade monetária para manter o tom conservador, mesmo após o cenário internacional ter cooperado para um afrouxamento nas expectativas para juros nos Estados Unidos e Europa e o ambiente interno ter mostrado um processo inflacionário “benigno” – nas palavras do próprio BC.
Além disso, o mercado financeiro avalia o saldo das votações da pauta arrecadatória do governo, com a derrubada de vetos importantes relacionados ao Carf (Conselho Administrativo de Recurso Fiscais) e ao arcabouço fiscal, aprovação da Reforma Tributária, e evolução da MP (Medida Provisória) da subvenção do ICMS – que deve ser avaliada pelo Senado Federal nos próximos dias.
Na quarta-feira, 18, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do BC), também conhecido como prévia do PIB oficial, deve apontar o terceiro mês consecutivo de retração da economia brasileira em -0,10% para outubro, após -0,06% em setembro. No dia seguinte, o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) pode trazer um pouco mais de visibilidade sobre os cenário do Banco Central no que diz respeito à evolução da pressão sobre os preços.
No exterior, os investidores estarão atentos ao PCE (índice de gastos com consumo pessoal, na sigla em inglês) americano, que será divulgado na sexta-feira, 22. Esse dado é considerado crucial para consolidar as expectativas sobre o início do afrouxamento monetário. A curva de juros futuros nos Estados Unidos precifica mais de 80% de chances de os cortes na taxa básica de juros local se iniciarem em março.
China e Japão encerram a temporada de ajuste das políticas monetárias. O BoJ (Banco do Japão) anuncia a decisão à meia-noite de hoje, horário de Brasília. A expectativa é se o banco central nipônico sinalizará o início da retirada da política de juros negativos. O Japão é o único, entre as economias desenvolvidas, a manter uma política com taxas abaixo de zero. O PBoC definirá as taxas de empréstimos para 1 e 5 anos (LPR) na terça-feira. O consenso de mercado espera a manutenção dos juros por lá, após algum afrouxamento nas reuniões anteriores.
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