Zara retira campanha com suposta referência a Gaza
Alguns usuários das redes sociais viram nas imagens uma alusão à guerra em Gaza e ameaçaram a empresa de boicote
Para divulgar os novos designs criados pela linha Zara Atelier, a empresa publicou no último domingo, 10 de dezembro, uma série de fotos em seu perfil no Instagram.
Uma boneca enrolada em um pano branco, uma mulher carregando-o por cima do ombro e escombros ao fundo. Em um das fotos uma boneca está deitada no chão, enrolada em um pano branco. Há homens de macacão branco, estátuas destruídas e a modelo americana Kristen McMenamy em vários trajes pretos.
Alguns usuários das redes sociais viram nas imagens uma alusão à guerra em Gaza. Devido, talvez, ao fato de em algumas esculturas faltarem membros e outras aparecerem envoltas em um pano branco, tal como ocorre na tradição funerária islâmica.
A empresa não comentou o assunto durante vários dias, mas, na terça-feira, 12, depois de pedidos em massa por um boicote, a Zara finalmente se manifestou no Instagram e passou a falar de um mal-entendido.
A reação negativa levou a marca a apagar as fotos, ocultar as imagens do site e divulgar um pedido de desculpas pelo Instagram: “Zara lamenta o mal-entendido e reafirma seu mais profundo respeito por todos”, dizia o pedido de desculpas.
A empresa de moda negou também que as associações com a guerra tenham sido intencionais. Segundo a Zara, a campanha foi desenhada em julho e as fotos foram tiradas em setembro e pretendiam retratar esculturas inacabadas num ateliê de escultura “com o único objetivo de apresentar peças de vestuário feitas à mão num contexto artístico”.
Não é a primeira vez que a empresa se envolve em polêmicas e é alvo de tentativas de boicote por parte de uma militância.
No Brasil, o gerente da unidade da loja Zara em Fortaleza foi indiciado por racismo, em razão da abordagem a uma delegada de polícia negra, barrada ao tentar entrar no estabelecimento. Após o caso, houve uma campanha de boicote contra a empresa.
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