GPA inicia estudos para follow-on de R$ 1 bi
O GPA, grupo controlador da rede de supermercados Pão de Açúcar, deu início a estudos preliminares para uma oferta pública primária de ações, também conhecida como follow-on, com valor estimado de R$ 1 bilhão...
O GPA, grupo controlador da rede de supermercados Pão de Açúcar, deu início a estudos preliminares para uma oferta pública primária de ações, também conhecida como follow-on, com valor estimado de R$ 1 bilhão. De acordo com a empresa, os recursos arrecadados serão utilizados para pagamento de dívidas e redução da alavancagem financeira.
A movimentação pode ser um passo para que o grupo se torne uma corporation, ou seja, uma empresa sem um controlador definido. Isso porque os termos da operação sugerem que o Casino, atual controlador do GPA com 40,9% das ações, deverá ter a participação diluída com essa possível operação. Com um valor de mercado próximo a R$ 1,2 bilhão, a transação pode resultar em uma diluição de quase 50% para os acionistas que não acompanharem a oferta.
A companhia explica que essa potencial oferta faz parte dos planos do GPA para otimizar a estrutura de capital. Recentemente, o grupo negociou ativos considerados não essenciais, como a venda de 34% de sua participação na Cnova por R$ 50 milhões e de 13,3% na rede colombiana Éxito por R$ 800 milhões. Além disso, foram vendidos R$ 300 milhões em imóveis. Essas movimentações contribuíram para uma redução da alavancagem financeira, que passou para uma relação de 2,5 vezes entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) neste terceiro trimestre.
Para viabilizar a oferta, a empresa responsável pelo Pão de Açúcar vai realizar uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária) em 11 de janeiro do próximo ano. O objetivo é obter a autorização dos acionistas para emitir até 800 milhões de novas ações ordinárias, além de antecipar a eleição de um novo conselho de administração. No entanto, essa eleição só acontecerá se a oferta for efetivamente realizada. A ideia é que a escolha do novo conselho, cujo mandato atual vai até agosto do próximo ano, ocorra 30 dias após a conclusão da potencial oferta.
A chapa para o novo conselho foi composta em conjunto com o Casino e conta com nove membros, sendo seis considerados independentes. Caso a eleição avance, o novo conselho de administração do grupo será formado por Eleazar de Carvalho Filho, Luiz Augusto Neves e Renan Bergmann, que já fazem parte do atual conselho administrativo como membros independentes. Além disso, José Luis Gutierrez, Márcia Nogueira de Mello e Rachel Maia também ingressariam no conselho representando os membros independentes. Os outros três membros indicados pelo GPA-Casino seriam Christophe José Hidalgo, Phillippe Alacron e Marcelo Ribeiro Pimentel, atual CEO do GPA. Renan Bergmann assumiria o cargo de presidente do conselho.
Para auxiliar nos estudos do follow-on, o GPA contratou o Itaú BBA, BTG Pactual e BR Partners. Essas instituições financeiras serão responsáveis por analisar as melhores estratégias e viabilizar a operação.
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