“É preciso descer do palanque”, diz Pacheco após farpas com Zema
Presidente do Senado tem travado embates nas redes sociais com o governador por conta da dívida de Minas Gerais com a União...
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou nesta quinta-feira, 7, a politização na discussão sobre a dívida de Minas Gerais com a União. Um dia depois de ser criticado pelo governador Romeu Zema (Novo), o senador mineiro afirmou que é preciso “descer do palanque” para buscar equacionar a proposta costurada por ele junto ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“No momento, o que nós precisamos é de união e de muita maturidade, porque nós não podemos ter infantilismo e ficar achando que nós estamos numa disputa eleitoral. Muito importante todo mundo descer do palanque, entender que nós temos um problema grave pra resolver. Essa dívida já vem de um tempo, mas ela foi e muito agravada nos últimos cinco anos”, disse Pacheco.
Como noticiamos, o presidente do Senado passou a atuar como interlocutor do governo de Minas junto ao Palácio do Planalto, diante da falta de diálogo de Zema com o governo Lula. Pacheco chegou a apresentar uma proposta ao petista que prevê a federalização das empresas estatais mineiras, como forma de compensar o governo federal. O estado mineiro acumula uma dívida de mais de R$ 160 bilhões com a União.
Na última quarta, 6, chegou a afirmar que a proposta tinha ficado apenas na “falação”. “Toda alternativa é bem-vinda, estivemos com o presidente do Congresso há duas semanas, ele lançou uma proposta, mas essa proposta precisa ser apreciada pelo Ministério da Fazenda e pela secretaria do Tesouro Nacional. E até agora ninguém apreciou. Ficou falação, não teve nenhuma ação efetiva do governo federal”, comentou Zema.
Fernando Haddad
O acordo proposto por Pacheco vem sendo costurado junto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os dois se reuniram nesta quinta e o chefe da pasta econômica também criticou as declarações do governador de Minas Gerais.
“Inexplicavelmente, o Zema ao invés de se aliar a Pacheco para resolver o problema, ataca nas redes sociais e na imprensa alguém que foi o único mineiro com autoridade a tomar providências em relação a isso (resolução da dívida de Minas). Então, na minha opinião, o governador Zema não ajuda com esse tipo de conduta”, disparou Haddad.
Segundo o ministro da Fazenda, um terço da dívida de Minas Gerais veio do governo Zema. “Dos R$ 160 bilhões da dívida, um terço veio no governo Zema. A dívida durante o período do Zema subiu de R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões”, acrescentou Haddad.
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