Ciro comenta referendo de Maduro sobre anexação de Essequibo
"Não pode ter dubiedade, amizade do PT com a Venezuela. […] Nós temos que dizer em alto e bom som – e o Lula não disse ainda com toda clareza – que não aceitamos. Não aceitamos e ponto final.”, afirma Ciro.
Ciro Gomes comentou no seu podcast, em 05 de setembro, sobre o referendo, convocado pelo ditador Nicolás Maduro, sobre a anexação do território da Guiana.
“Como a gente sabia, deu 95% sim, então o povo acabou de dizer ao ditador Maduro – que só quem gosta dele é o Lula e o PT – que ele tem uma carta branca do povo venezuelano para reclamar o território de Essequibo, que é um território muito rico.”
Ciro explica que esse tipo de guerra é uma guerra necessariamente de ocupação e que não adianta bombardear com mísseis de longe, porque o objetivo pressupõe a força terrestre. A região, no entanto, é inacessível por cima, por se tratar de floresta fechada: “não passa ali nem um jumento, que dirá uma tropa.” O único lugar que está desmatado e que a Venezuela poderia eventualmente acessar Essequibo por terra, passa pelo Brasil.
Em caso de uma tentativa de ação militar da Venezuela, passando pelo Brasil, diz Ciro, “temos que dizer que não aceitamos, não concordamos. Com toda clareza. Não pode ter dubiedade, amizade do PT com a Venezuela. […] Nós temos que dizer em alto e bom som – e o Lula não disse ainda com toda clareza – que não aceitamos. Não aceitamos e ponto final.”
Ciro então continua, explicando que não adianta dizer que não aceita sem tomar as medidas cabíveis: “Quando você fala internacionalmente que não aceita, isso tem que ter efetividade, é pra isso que servem as forças armadas. Eu lamento muito dizer, vivo falando sobre isso, hoje a Venezuela está muito melhor apetrechada, muito melhor equipada, muito mais modernamente estruturada para um conflito bélico do que as forças armadas brasileiras na região”.
Isso se deve, segundo Ciro Gomes, à proximidade da Venezuela com a Rússia e com a China: “A Venezuela, para superar o isolamento violento dos americanos, acertou-se com chineses e com russos. Estão lá dentro da Venezuela consultores, estrutura de inteligência, equipamentos sofisticados, inclusive mísseis que podem alcançar Manaus.”
O ex-ministro, ex-governador do Ceará e ex-candidato à presidente, então, conclui com uma pergunta retórica: Maduro seria louco? À qual responde: “Não. Ele não é louco. É a velha tática dos ditadores em crise de criar condições de excitar a opinião pública doméstica criando um inimigo externo. É exatamente isso que o Maduro está fazendo agora com essa confusão. Duvido que ele leve às últimas consequências, mas, se ele levar, o Brasil tem que entrar muito duro, muito forte, não tolerar essa invasão”.
Maduro já determinou a publicação e divulgação do novo mapa da Venezuela nas escolas e universidades do país com a inclusão da Guiana Essequiba como parte do território venezuelano e anunciou que autorizaria a exploração de petróleo ao redor do rio Essequibo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)