Exclusivo: Ex-sócio de Dario Messer desmente versão de doleiros usada para abrir CPI da Lava Jato
Em depoimento sigiloso ao MPF, ao qual O Antagonista teve acesso, Enrico Machado, ex-sócio de Dario Messer no banco EVG, desmentiu a versão dos doleiros Juca e Tony sobre o pagamento de uma taxa de proteção ao advogado Figueiredo Basto...
Em depoimento sigiloso ao MPF, ao qual O Antagonista teve acesso, Enrico Machado, ex-sócio de Dario Messer no banco EVG, desmentiu a versão dos doleiros Juca e Tony sobre o pagamento de uma taxa de proteção ao advogado Figueiredo Basto.
Machado disse que “nunca pediu a Vinicius Claret (Juca Bala) ou Claudio Barboza (Tony) o pagamento de valores para fins de proteção junto ao Ministério Público ou à Polícia Federal”.
Ele esclareceu que, enquanto foi sócio do megadoleiro, era o responsável por fazer contato com o advogado, “inclusive ajustando o valor dos honorários” – que depois eram pagos por Juca Bala e Tony.
Machado explicou que o dinheiro pago a Figueiredo Basto se refere, justamente, a “honorários advocatícios pelos serviços prestados a Clark Setton (Kiko), Dario Messer, Mordko Messer, Patrícia Matalon e Roberto Matalon”.
Procurado por O Antagonista, o advogado confirmou que os valores foram pagos em espécie e devidamente declarados à Receita Federal. “Nosso escritório atuou em mais de 50 procedimentos judiciais.”
O depoimento de Machado, que é colaborador da Lava Jato, foi prestado no âmbito de um PIC (procedimento investigatório), aberto pelo MPF do Rio após as declarações de Juca Bala e Tony, que viraram delatores. Foi Machado, aliás, quem entregou os dois doleiros à Lava Jato.
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