Funcionários da BBC desafiam proibição e participam de marcha
"Ser judeu vem antes de ser funcionário da BBC", disse um jornalista que preferiu não se identificar para a rádio Times de Londres, mostrando o descontentamento de muitos funcionários com as posturas políticas recentes da emissora.
“Ser judeu vem antes de ser funcionário da BBC”, disse um jornalista que preferiu não se identificar para a rádio Times de Londres, mostrando o descontentamento de muitos funcionários com as posturas políticas recentes da emissora.
Funcionários judeus da rede pública britânica participaram da marcha contra o antissemitismo em Londres neste domingo, 26, desafiando ordens explícitas da direção. O evento, com cerca de 100.000 participantes, foi o maior protesto britânico contra o antissemitismo desde 1936. O ex-primeiro ministro Boris Johnson estava entre os presentes.
As regras da BBC proíbem funcionários de participarem de manifestações sobre temas “controversos”, mas muitos questionaram a aplicação neste caso, argumentando que a marcha era um ato contra o racismo e não deveria ser considerada controversa.
A decisão da emissora foi criticada internamente, com comparações à permissão dada para participação em paradas do orgulho LGBTQ+ em 2020. O argumento é que a luta contra o antissemitismo não é comparável ao apoio político a causas específicas.
A emissora enfrentou críticas anteriores por sua cobertura do conflito Israel-Hamas, sendo acusada de viés pró-Palestina. A BBC é alvo constante de chacota do principal programa de humor da TV israelense, o Eretz Nehederet.
A Campanha Contra o Antissemitismo, organizadora da marcha em Londres , criticou a BBC pela restrição imposta aos funcionários, destacando a necessidade de solidariedade com o povo judeu em tempos de crescente antissemitismo.
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