Mercados reagem a Lula austero e investimentos da Petrobras
A decisão do presidente Lula de vetar integralmente a proposta de prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para os 17 setores que mais empregam no país deve repercutir entre os investidores na sessão desta sexta-feira, 24...
A decisão do presidente Lula de vetar integralmente a proposta de prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para os 17 setores que mais empregam no país deve repercutir entre os investidores na sessão desta sexta-feira, 24. O movimento indicaria um aceno a uma política mais austera do Palácio do Planalto e marca uma vitória importante do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Vale lembrar, no entanto, que o veto ainda deve ser apreciado pelo Congresso Nacional e tem chances muito altas de ser derrubado. A negativa de Lula para o projeto, portanto, se junta a outras polêmicas que devem ser apreciadas em breve em sessão do Congresso Nacional, como os vetos a dispositivos do Carf e do arcabouço fiscal.
A deliberação sobre esses temas estava marcada para ontem, mas o governo articulou com líderes parlamentares o adiamento da reunião, com receio de que ainda não houvesse votos suficientes para manter as decisões do presidente Lula.
Além disso, o investidores locais respondem ao novo plano estratégico da Petrobras para os próximos cinco anos. O programa da estatal elevou o volume de investimentos previstos em 31%, em relação ao plano anterior, totalizando US$ 102 bilhões. O aumento do Capex (despesa em bens de capital, na sigla em inglês) está associado principalmente a novos projetos, incluindo potenciais aquisições.
No exterior, bolsas internacionais e o índice do dólar operam sem grandes variações diante dos dados econômicos que confirmam a contração da economia alemã e na expectativa pela divulgação dos indicadores de atividade dos EUA.
No campo das commodities, o preço do petróleo continua sem muita força, refletindo o adiamento da reunião da Opep+ (Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados) para discutir um possível corte na produção. A reunião será realizada online no dia 30 de novembro. Às 7h50, o barril do tipo Brent avançava 0,21%, negociado a US$81,59.
O minério de ferro caminha para fechar a quinta alta semanal consecutiva, que deve marcar a maior sequência de ganhos desde janeiro, impulsionado pelas expectativas de estímulos econômicos na China. Na primeira parte da sessão em Singapura, a commodity subiu 0,47%, a US$ 133,80 a tonelada.
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