Pantanal volta a ter focos de incêndio
Após anunciar que os incêndios no Pantanal, no Mato Grosso do Sul, haviam sido extintos, o Corpo de Bombeiros voltou a combater novos focos na região, nesta quinta-feira, 23...
Após anunciar que os incêndios no Pantanal, no Mato Grosso do Sul, haviam sido extintos, o Corpo de Bombeiros voltou a combater novos focos na região, nesta quinta-feira, 23.
As chuvas registradas no último domingo, 19, contribuíram para apagar o fogo. Na ocasião, os bombeiros informaram que as imagens de satélite não mostravam nenhum foco de incêndio no Pantanal. No entanto, o cabo Marcos Rocha, do Corpo de Bombeiros, relata que o fogo retornou em muitas áreas.
“Nesse momento, estou com as equipes na Região do Morro do Azeite, no Pantanal, próximo ao município de Miranda, com 13 bombeiros militares. Duas equipes do Corpo de Bombeiros estão atuando nessa região durante o dia e à noite para combater alguns focos próximos a uma pousada“, disse Rocha, à CNN Brasil.
Segundo o cabo, a onda de calor que atinge o estado nos últimos dias é a responsável pelo surgimento dos novos focos. Nesta quinta-feira, a previsão é de que a temperatura máxima chegue aos 35°C em alguns municípios.
Na semana passada, entre os dias 16 e 17, as chamas alcançaram seu nível máximo, chegando a invadir a rodovia Transpantaneira, principal via de acesso ao Pantanal no Mato Grosso.
De acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos primeiros 20 dias de novembro, o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul juntos registraram 3.957 focos de incêndio. Esse número é cerca de nove vezes maior do que a média para o mês nos últimos 25 anos, que é de 442 focos.
Somente neste mês, mais de 1,2 milhão de hectares do Pantanal já foram consumidos pelo fogo. Esse valor é três vezes maior do que o registrado durante todo o ano de 2022, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Em decorrência dos incêndios, os governos dos dois estados decretaram situação de emergência para viabilizar a participação do governo federal nas áreas afetadas.
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