Conib: “Dino evoca narrativas bíblicas para demonizar Israel”
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) protestou na quarta-feira, 15, contra uma manifestação do ministro da Justiça, Flávio Dino, que evocou "narrativas bíblicas para demonizar Israel e os judeus"...
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) protestou na quarta-feira, 15, contra uma manifestação do ministro da Justiça, Flávio Dino, que evocou “narrativas bíblicas para demonizar Israel e os judeus”.
“Num momento tenso como este, com autoridades brasileiras ligadas ao seu próprio ministério desbaratando planos terroristas em solo brasileiro, o ministro Dino deveria estar focado em manter a segurança e a convivência harmônica na sociedade brasileira”, disse a Conib em nota, ressaltando que Dino “fez o contrário ao postar mensagem que estimula o antissemitismo e o discurso de ódio, como fica comprovado lendo comentários sobre sua própria postagem na rede social X”.
A nota termina dizendo que “a Conib volta a pedir ao governo brasileiro equilíbrio e serenidade para que não importemos o trágico conflito do Oriente Médio para o nosso país”.
Evangelho de Mateus 2:13 – um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”.
Que o Brasil seja esse “Egito” bíblico para as crianças… pic.twitter.com/WvhiIwIGJD
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) November 14, 2023
As críticas tratam de postagem em que Dino compartilhou fotos da chegada dos brasileiros e familiares repatriados de Gaza após mais de um mês de espera. “Evangelho de Mateus 2:13 – um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: ‘Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar’. Que o Brasil seja esse ‘Egito’ bíblico para as crianças que vi descerem a escada do avião ontem à noite”, diz o post do ministro.
Dino segue: “E que os Herodes, todos eles, parem de massacrar as crianças, todas elas. Em meio às densas trevas, os voos humanitários, determinados pelo Presidente Lula, salvaram aproximadamente 1.500 pessoas, que voltaram a ter luz, esperanças e sonhos. A equipe do Ministério da Justiça seguirá trabalhando para que as pessoas tenham a acolhida legalmente prevista”.
As relações do governo Lula com a comunidade judaica no Brasil já não vinham bem desde 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas atacou civis em Israel indiscriminadamente, mas pioraram muito nesta semana, depois de o presidente da República acusar o estado de Israel de terrorismo e dizer que as forças de defesa do país “matam inocentes sem nenhum critério”.
Para a Conib, declarações como as de Lula são “perigosas” e “estimulam entre seus muitos seguidores uma visão distorcida e radicalizada do conflito, no momento em que os próprios órgãos de segurança do governo brasileiro atuam com competência para prender rede terrorista que planejava atentados contra judeus no Brasil”.
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