Ecoterrorismo: o mundo livre se desencanta com Greta Thunberg
Em comício em Amsterdã, a ativista sueca Greta Thunberg, de 20 anos, associou a causa ambiental à luta contra Israel...
Em comício em Amsterdã, a ativista sueca Greta Thunberg (foto), de 20 anos, associou a causa ambiental à luta contra Israel.
“Temos de ouvir as vozes daqueles que estão sendo oprimidos e daqueles que lutam pela liberdade e pela justiça”, afirmou ela, dando a palavra à ativista palestina Sara Rachdan, durante um protesto contra as mudanças climáticas, em 12 de novembro.
“Não pode haver justiça climática sem solidariedade internacional”, acrescentou.
Um homem da plateia ficou tão irritado com a atitude de Thunberg que subiu no palco para protestar, dizendo que tinha vindo “por uma questão climática, não para uma manifestação política”.
E quem é Sara Rachdan, a quem Greta deu palanque? Uma ativista em cuja imagem de perfil no Instagram se lê “end apartheid”, seguida da frase “from the river to the sea”, ao lado de uma bandeira palestina.
Em 7 de outubro, após o massacre do Hamas contra os israelenses, a nova amiga de Greta escreveu:
“Sim, este ataque foi iniciado pelo Hamas. Não se trata apenas do Hamas, trata-se da resistência palestina, trata-se de finalmente os palestinos tomarem medidas em relação à ocupação e por isso… por favor, apoiem a resistência.”
Desde o início da guerra Israel-Hamas, Greta resolveu trocar suas hashtags.
A “greve escolar pelo clima” deu lugar a “Palestina livre” e “fique com Gaza”. Houve também o caso de um polvo de pelúcia azul, que não foi interpretado como algo inocente e casual, uma vez que o polvo é um símbolo do antissemitismo, presente nos panfletos dos que alegam a suposta dominação mundial pelos judeus.
No mês passado, após a polêmica do polvo, um grupo de ativistas ambientais em Israel escreveu uma carta aberta a Thunberg, afirmando que seus últimos tweets e publicações eram “terrivelmente unilaterais, mal informados, superficiais”.
Sua atitude recente em Amsterdã esgotou a paciência até dos seus admiradores do partido alemão Verdes. “Neste ponto, Greta Thunberg está abusando da preocupação necessária e correta com proteção climática para uma posição unilateral sobre o conflito Israel-Palestina em que ela não nomeia os perpetradores, em que ela não condena as atrocidades absolutas do Hamas”, disse a líder da legenda, Ricarda Lang. “Isso a desacreditou como o rosto do movimento climático.”
Annabel Denham, colunista do jornal britânico The Telegraph, afirmou em sua coluna que “os zelosos apoiadores de Greta devem um pedido de desculpas ao mundo livre” e que “seu movimento se disfarçou de ecoativismo quando sempre foi algo muito mais insidioso”.
Já o jornal suíço NZZ – Neue Zürcher Zeitung [“Novo Tempo de Zurique”] deu a seguinte manchete: “Santa Greta não brilha mais – o canto do cisne de um ícone”. E completou:
“Como protagonista do ‘Fridays for Future’ [‘Sextas-Feiras pelo Futuro’, movimento de estudantes que matavam aula às sextas para participar de manifestações pelo clima], “o mundo estava aos seus pés, incluindo a imprensa. Mas, desde que Greta Thunberg se revelou uma ativista anti-Israel, muitos se afastaram dela. O movimento climático precisa de um novo líder.”
Se o mundo livre se desiludir de vez com Greta, ela pode vir fazer carreira no Brasil, já que o presidente Lula anda muito preocupado com o “gás de efeito estufa” provocado pelas bombas.
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