Esther Dweck também tenta traduzir Lula sobre meta fiscal
Há pelo menos duas pessoas no governo Lula que seguem acreditando na meta de déficit fiscal zero para 2024 — ou que dizem seguir acreditando. Depois de o...
Há pelo menos duas pessoas no governo Lula que seguem acreditando na meta de déficit fiscal zero para 2024 — ou que dizem seguir acreditando. Depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentar explicar em entrevista coletiva o que o presidente tentou dizer ao pôr em questão a meta, chegou a vez de a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck (foto, ao centro), tentar traduzir o petista.
“O que entendo da fala dele é que a meta não será buscada à custa do corte de investimentos que são necessários para o país voltar a crescer”, disse Dweck em entrevista ao Valor.
Ao ser questionada diretamente sobre as declarações de Lula, a ministra disse que “o governo já fez um esforço grande de controle de gastos com o arcabouço fiscal”. “Agora, estamos no momento de olhar para a arrecadação. Nesse sentido, não entendo que houve uma desautorização”, comentou.
“O presidente está bem envolvido na articulação para garantir o aumento da arrecadação que permita ao governo cumprir a meta colocada para o ano que vem. O que entendo da fala dele é que a meta não será buscada à custa do corte de investimentos que são necessários para o país voltar a crescer”, completou a ministra.
Segundo Dweck, “o governo vai continuar perseguindo essa meta, mas que depende, como o ministro Haddad já colocou várias vezes, de mudanças legislativas que todos entendem que são necessárias”. “É uma meta que é possível atingir. Acho que o que o presidente colocou e o ministro Haddad tem colocado é que essa meta tem de ser atingida por medidas que melhorem a arrecadação, de uma forma mais justa, sobre quem ganha mais”, disse.
Enquanto seus subordinados tentam manter a ilusão da meta de déficit zero de pé, o presidente optou por simplesmente ignorar o assunto em sua live nesta terça-feira, 31, que foi dedicada primordialmente aos costumeiros ataques a Jair Bolsonaro.
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