Israel x ONU: a desculpa esfarrapada de Guterres
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres (foto), afirmou nesta quarta-feira, 25, ter sido mal-interpretado no Conselho de Segurança da ONU ao dizer que os ataques do Hamas a Israel no dia 7 de outubro não ocorreram “no vácuo”...
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres (foto), afirmou nesta quarta-feira, 25, ter sido mal-interpretado no Conselho de Segurança da ONU ao dizer que os ataques do Hamas a Israel no dia 7 de outubro não ocorreram “no vácuo”.
“Estou chocado com as interpretações erradas de algumas das minhas declarações de ontem no Conselho de Segurança, como se eu estivesse justificando os atos de terror do Hamas. Isso é falso. Foi o oposto”, disse Guterres em um breve pronunciamento.
“No início da minha intervenção de ontem, afirmei claramente: ‘Condeno os horríveis e sem precedentes atos de terror de 7 de outubro perpetrados pelo Hamas em Israel. Nada pode justificar o assassinato, o ferimento e o sequestro deliberados de civis – ou o lançamento de foguetes contra alvos civis’.”
“Na verdade, falei das queixas do povo palestino e, ao fazê-lo, também afirmei claramente: ‘Mas as queixas do povo palestino não podem justificar os terríveis ataques do Hamas’.”
“E então continuei com a minha intervenção referindo-me a todas as minhas posições sobre todos os aspectos da crise do Médio Oriente.”
“Acredito que foi necessário esclarecer as coisas – especialmente por respeito às vítimas e às suas famílias”, concluiu.
Embora tenha dito que foi mal-interpretado, Guterres afirmou ao Conselho de Segurança da ONU que era importante “importante reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram no vácuo”. Suas falas sobre “ocupação sufocante“, “colonatos” e “economia sufocada” em Gaza foram, sim, uma tentativa de justificar os atentados terroristas, embora Guterres tenha dito que não faria isso: “As queixas do povo palestino não podem justificar os terríveis ataques do Hamas. E esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestino”.
As declarações do secretário-geral das Nações Unidas provocaram a imediata reação das autoridades israelenses. Além de pedir a renúncia de Guterres, o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, anunciou nesta quarta o bloqueio dos vistos de funcionários da entidade.
Antes de chegar ao cargo de secretário-geral da ONU, Guterres foi primeiro-ministro de Portugal entre 1995 e 2002, secretário-geral do Partido Socialista entre 1992 e 2002, além de presidente da Internacional Socialista entre 1999 e 2005. Seu histórico político-ideológico raramente aparece na imprensa brasileira, porque a força do cargo passa às plateias ingênuas uma impressão de autoridade imparcial.
À luz dessas declarações, vale a pena reler “Os ‘amigos terroristas’ da ONU e os ‘professores do ódio’ em Gaza“, aqui no Antagonista; bem como assistir à íntegra da entrevista exclusiva da Crusoé com Hillel Neuer, da UN Watch, que vigia a ONU.
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