PT aciona STF contra deputados que acusaram petistas de apoio ao Hamas
Parlamentares do PT entraram com uma interpelação judicial contra os deputados Gustavo Gayer (PL-GO) e Júlia Zanatta (PL-SC) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 24. A ação decorre de pedidos dos dois parlamentares à Embaixada dos Estados Unidos para a cassação de vistos americanos de...
Parlamentares do PT entraram com uma interpelação judicial contra os deputados Gustavo Gayer (PL-GO) e Júlia Zanatta (PL-SC) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 24.
A ação decorre de pedidos dos dois parlamentares à Embaixada dos Estados Unidos para a cassação de vistos americanos de políticos brasileiros que, segundo eles, assinaram uma carta pública de apoio ao Hamas.
Dias após o massacre de 7 de outubro, a Rede Globo rebateu críticas a uma de suas jornalistas, afirmando que dez então deputados do PT assinaram em 2021 um manifesto de repúdio à designação de “organização terrorista” conferida ao Hamas pelo Reino Unido.
O líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (foto), os deputados Erika Kokay (PT-DF), Helder Salomão (PT-ES), Padre João (PT-MG), Paulão (PT-AL), e os ministros Alexandre Padilha e Paulo Pimenta pedem que o STF notifique os parlamentares do PL para que, em 48 horas, expliquem as acusações feitas, “ressaltando desde logo aos Interpelados que, caso não prestem os esclarecimentos que lhes são devidos, fará com que o seu silêncio, bem como as informações incompletas ou inverídicas dêem margem de imediato à propositura das competentes ações civis e criminais”.
Na lista apresentada à embaixada por Júlia Zanatta, figuravam nomes como os ministros de Lula, Paulo Pimenta (Secom) e Alexandre Padilha (Articulação), além do próprio Zeca Dirceu. No documento, Zanatta também expressou seu reconhecimento ao senador dos EUA, Marco Rúbio, que defendeu a revogação de vistos de quem apoia o Hamas, classificando-o como terrorista. A deputada ainda mencionou que estabeleceria um canal de denúncias em seu gabinete para identificar políticos que demonstrassem apoio ao grupo.
“Ora, com esse comportamento em tese criminoso, o primeiro Interpelado acusou diversos colegas Deputados e Deputadas de apoiar asquerosas práticas criminosas (terrorismo), o que não pode jamais ser admitido ou quiçá alardeado como possível num Estado Democrático de Direito, notadamente numa realidade de agentes políticos integrantes de uma agremiação partidária (Partido dos Trabalhadores – PT) que se pauta pela observância dos direitos humanos e condenação expressa de qualquer ação ou conduta que atente contra este postulado universal”, diz trecho do documento encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do STF.
Zeca Dirceu pediu que também à Corregedoria da Câmara que examine a postura de Gayer e Zanatta do ponto de vista ético, não descartando a possibilidade de levar o caso ao Conselho de Ética.
Os dez então deputados petistas apontados pela Globo como signatários do manifesto de 2021 são:
- Zeca Dirceu (PR),
- Paulo Pimenta (PT-RS),
- Alexandre Padilha (PT-SP),
- Érika Kokay (PT-DF),
- Professora Rosa Neide (PT-MT),
- Enio Verri (PT-PR),
- Helder Salomão (PT-ES)
- Nilto Tatto (PT-SP)
- Padre João (PT-MG)
- Paulão (PT-AL).
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