A OpenAI, conhecida por desenvolver o ChatGPT, enfrenta uma crise financeira que pode levá-la à falência em um ano, caso não obtenha novos investimentos.

Um relatório da The Information revela que os custos operacionais da empresa, incluindo até US$ 7 bilhões em treinamento e inferência de IA, além de US$ 1,5 bilhão em salários, resultam em perdas projetadas de US$ 5 bilhões. A manutenção diária do ChatGPT custa quase US$ 700 mil, enquanto a receita anual é de US$ 3,5 bilhões, indicando margens insustentáveis.

Além dos problemas financeiros, a OpenAI enfrenta ações judiciais que podem agravar sua situação. Elon Musk, cofundador da empresa, entrou com uma ação para impedir sua transição para uma entidade com fins lucrativos, alegando que isso contraria a missão original da OpenAI e representa práticas anticompetitivas. Musk também acusa a OpenAI e a Microsoft de tentativas de monopolizar o mercado de IA, prejudicando concorrentes.

Paralelamente, cinco grupos de mídia canadenses processaram a OpenAI por suposta violação de direitos autorais, alegando uso indevido de conteúdo jornalístico para treinar seus modelos de IA sem autorização ou compensação.

Esses desafios refletem uma crise mais ampla na indústria de inteligência artificial. Estudos indicam que apenas um terço das empresas obtém retorno sobre investimento com IA generativa em até 12 meses. Especialistas criticam a falta de soluções práticas e a dificuldade em demonstrar benefícios concretos da tecnologia.

Para superar esses obstáculos, a OpenAI precisa atrair novos investimentos ou reduzir drasticamente seus custos operacionais. A resolução das disputas legais e a restauração da confiança no mercado serão cruciais para a sustentabilidade da empresa e para o avanço da inteligência artificial de forma ética e inovadora.