A missão Odysseus, liderada pela empresa de Houston, Intuitive Machines, teve um pouso que não saiu como planejado. Destinada a operar até esta quarta-feira, 28, a missão foi abreviada após o módulo lunar ter uma queda abrupta na aterrisagem e tombar de lado.

Ao realizar um pouso na Lua pela primeira vez em mais de meio século, a missão encontrou muitas dificuldades. A velocidade excessiva durante a descida resultou no engate de um dos seus apoios no solo lunar, causando a tombamento da espaçonave.

Localizado a cerca de 1,5 quilômetros de seu alvo, perto da cratera Malapert A e a apenas 300km do Polo Sul, a Odysseus alcançou uma proximidade impressionante do ponto mais ao sul de uma missão lunar, região valorizada pela possibilidade de água congelada em suas crateras.

A posição lateral comprometeu não apenas a comunicação com a Terra, mas também a eficiência dos painéis solares da nave. Com algumas antenas obstruídas e outras muito próximas ao solo, a capacidade de transmitir dados foi severamente limitada. A expectativa era de que Odysseus operasse por aproximadamente uma semana, mas a iminência da longa noite lunar, com suas temperaturas extremamente baixas, precipitou o fim das operações.

Desde a década de 1960, apenas uma seleta lista de países – EUA, Rússia, China, Índia e Japão – realizaram pousos lunares bem-sucedidos. A recente missão japonesa SLIM enfrentou desafios semelhantes, tendo sobrevivido a uma noite lunar extraordinariamente fria, um feito considerado um “milagre” pela agência espacial japonesa JAXA.

A missão Odysseus representou um marco significativo na exploração lunar, evidenciando tanto as dificuldades quanto as possibilidades dessa empreitada científica. Embora a missão da Odysseus tenha sido encerrada prematuramente, a importância dos dados coletados permanece.

Missões futuras se beneficiarão das lições aprendidas, continuando a busca por conhecimento e a expansão da presença humana no sistema solar.