Cientistas perto de encontrar sinais de vida em planeta fora do sistema solar
Pesquisadores avançam na busca por vida fora da Terra com o telescópio espacial James Webb
Pesquisadores fizeram descobertas promissoras com o telescópio espacial James Webb, que podem confirmar a existência de condições para a vida em mundos fora do Sistema Solar. O foco recente das observações é o exoplaneta K2-18b, localizado a 124 anos-luz da Terra.
O K2-18b, encontrado pelo telescópio Kepler em 2015, orbita uma estrela anã vermelha chamada K2-18 e está na chamada “zona habitável”. Apesar de não ser semelhante à Terra, o planeta apresenta características únicas. Ele é classificado como um “sub-Netuno”, ou seja, maior que nosso planeta, mas menor que Netuno. Possui um núcleo rochoso envolto por uma atmosfera rica em hidrogênio, com indícios de oceanos sob densas camadas gasosas.
Em 2019, o telescópio Hubble detectou vapor d’água na atmosfera do K2-18b. Já o James Webb, mais avançado, revelou em 2024 a presença de metano e dióxido de carbono — compostos que, na Terra, estão associados à atividade biológica. Além disso, os cientistas identificaram uma possível assinatura de sulfeto de dimetila (DMS), substância que, no nosso planeta, é produzida por organismos vivos, como fitoplâncton.
Porém, os cientistas mantêm cautela. “Essas descobertas ainda precisam ser confirmadas”, explicou o astrofísico Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge. “Elas podem ter origem em processos geológicos ou químicos, mas o potencial de vida não pode ser descartado.”
Além de K2-18b, o telescópio investiga outros corpos celestes. Encélado, uma das luas de Saturno, demonstrou sinais de atividade com uma pluma de vapor d’água, sugerindo a presença de um oceano subterrâneo.
O K2-18b também contribui para o estudo dos “planetas hícianos” — mundos com oceanos e atmosferas ricas em hidrogênio, que podem abrigar formas de vida diferentes das terrestres. Com seu tamanho 2,6 vezes maior que o da Terra e temperaturas moderadas, ele está entre os exoplanetas mais promissores para futuras missões.
A busca por sinais de vida em planetas como K2-18b representa um marco na astrobiologia e reflete o avanço tecnológico na exploração espacial. Com mais observações previstas para 2025, cientistas esperam esclarecer se estamos, finalmente, perto de responder à pergunta que intriga a humanidade: estamos sozinhos no universo?
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