USAID: o escândalo bilionário, os influencers picaretas e os otários
O ponto é simples: estão enganando você. E eu sei que é mais fácil enganar alguém do que fazer essa pessoa perceber que foi enganada

O caso USAID é emblemático de como gritaria, confusão e chantagem emocional conseguem avançar ideologias sem que boa parte das pessoas perceba. E, como sempre, o oportunismo corre solto entre os influenciadores que vendem farsa como verdade.
A primeira questão aqui é entender o que aconteceu dentro da própria USAID. A agência sempre teve um componente ideológico, afinal, todos os países buscam expandir sua influência no mundo. Criada em 1961, no governo Kennedy, a USAID nasceu com um objetivo claro: ser um instrumento de luta anticomunista. No Brasil, o impacto foi direto por meio do acordo MEC-USAID na década de 1960. O ensino de inglês passou a ser obrigatório em todas as escolas, os ciclos escolares mudaram e disciplinas como Educação Moral e Cívica foram introduzidas.
O problema é que, ao longo dos anos, os interesses mudaram. A agência foi capturada por agendas progressistas e passou a financiar projetos que pouco ou nada tinham a ver com o interesse norte-americano tradicional. Exemplos disso? Milhões foram destinados a projetos de “diversidade” e “inclusão” pelo mundo, como a ópera trans financiada na Colômbia. O jogo virou e, no lugar de fortalecer a política externa dos EUA, passaram a bancar agendas identitárias.
Agora, o governo americano tenta entender o tamanho da deturpação, mas o estrago já foi feito. As informações não eram facilmente acessíveis, o que resultou no fechamento de um prédio da agência e em uma disputa judicial. A questão central é que há investimentos importantes em áreas sensíveis, como saúde e assistência humanitária, que podem ser impactados pela confusão.
E é nesse ponto que entram os picaretas. Teve influencer acusando sem prova alguma o Deltan Dallagnol e o MBL de terem recebido dinheiro da USAID. E pior: apresentaram “documentos” forjados para dar ares de credibilidade às acusações.
Mas o golpe dos influencers não parou por aí. Eles criaram um critério artificial: se você recebeu recursos da USAID, automaticamente é parte de uma conspiração identitária para derrubar Bolsonaro.
Aqui é que está o truque. A própria agenda anticorrupção que enfrentou o PT já recebeu financiamento da USAID. Isso significa que combater a corrupção é errado? É claro que não. A questão é: o projeto é picareta ou não? Mas essa distinção exige pensamento crítico, e os manipuladores preferem o caos da gritaria.
O ponto é simples: estão enganando você. E eu sei que é mais fácil enganar alguém do que fazer essa pessoa perceber que foi enganada. Mas é justamente por isso que sigo aqui, todos os dias, para tirar a venda dos seus olhos e expor as farsas que tentam te empurrar.
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Comentários (2)
Marcelo José Dias Baratta
11.02.2025 22:56Repito, adotei o título de um livro que fui ao lançamento: "A grande mentira", escrita por um general que viveu 64, ele diz no livro que o que experimentamos, foi uma contra revolução e não m revolução. Mas importa aqui o título, achei sugestivo e passei a adotá-lo quando farsas nos são apresentadas, e como nos apresentam farsas como verdades. Generalizando, tudo é Uma Grande Mentira.
Um_velho_na_janela
11.02.2025 13:48Missão um tanto difícil, Madeleine, ensinar alguma coisa a esses lobotomizados ávidos por agito e confusão, consumidores entusiasmados de fake news, de preferência que pinguem sangue e ataquem Lula, Jair ou o Brasil.