Se Elon Musk fosse mesmo contra os judeus, a esquerda “free Palestine” seria a favor dele?
Essa incoerência não é só vergonhosa, é perigosa. Quando tudo é nazismo, nada é

Uma pergunta que pode causar curto-circuito na esquerda: suponha que Elon Musk fosse, de fato, nazista e contra Israel. A turma “Free Palestine” ficaria contra ou a favor dele? O raciocínio bugou? Pois é.
A tática é antiga: tachar de nazista tudo e todos que discordam da cartilha da esquerda. Questionou Lula? É nazismo. Defendeu a polícia? É nazismo. Apoiou Israel ou manifestou solidariedade ao povo judeu? Pois é, nazismo de novo. O método de rotular indiscriminadamente qualquer oposição ou até pergunta já ultrapassou todos os limites.
E aí entra o grande paradoxo: quando surge um grupo como o Hamas, que explicitamente declara em seu manifesto o objetivo de exterminar os judeus, a mesma esquerda que rotula adversários como nazistas faz vistas grossas ou, pior, oferece apoio.
O Hamas, que invadiu Israel no 7 de outubro, matou indiscriminadamente mulheres, crianças, idosos e até animais. Não bastasse isso, usou violência sexual como arma de guerra contra reféns. Diante de tudo isso, cadê a indignação da esquerda feminista? Onde estão as declarações de solidariedade às mulheres vítimas do Hamas?
O silêncio é ensurdecedor. Nem mesmo Janja, que se autodenomina feminista e primeira-dama empoderada, demonstrou solidariedade às mulheres que passaram meses em cativeiro e foram devolvidas às suas famílias no acordo de cessar-fogo do último final de semana. Preferiu adotar o discurso padrão do “Free Palestine”, ignorando os abusos e a opressão sistemática contra mulheres no mundo árabe e equiparando terroristas presos a reféns do ataque terrorista. É o mesmo padrão de hipocrisia que permite condenar qualquer crítica ao governo brasileiro como “nazismo”, enquanto se passa pano para quem pretende destruir os judeus.
Esse duplo padrão expõe a fragilidade moral da narrativa. A esquerda transformou o nazismo em um rótulo genérico, aplicável a qualquer um que desafie seu discurso, mas é incapaz de se posicionar contra quem efetivamente ameaça os judeus. A contradição fica ainda mais evidente quando figuras como Elon Musk ou Donald Trump entram na equação. Musk, claramente pró-Israel, faz um gesto controverso e é chamado de nazista. Trump, com uma política externa alinhada a Israel, também é pintado como inimigo dos judeus. Mas grupos como o Hamas, que literalmente pregam o extermínio dos judeus, recebem defesa ou silêncio cúmplice.
Essa incoerência não é só vergonhosa, é perigosa. Quando tudo é nazismo, nada é. Ao banalizar o termo, a esquerda desrespeita a memória das vítimas do Holocausto e ignora os esforços históricos para garantir que o nazismo jamais se repita. Enquanto isso, grupos que realmente praticam ou defendem a aniquilação de judeus se aproveitam dessa confusão para avançar suas agendas.
No final, essa mentalidade acaba revelando o quanto a esquerda, em sua busca por hegemonia ideológica, se desconectou da realidade. Tudo que ela não gosta é nazismo, mas o que realmente deveria ser combatido, como o discurso genocida do Hamas, recebe apoio velado ou é justificado como “resistência”.
A pergunta inicial continua em aberto. Se Elon Musk realmente fosse contra os judeus, será que a esquerda “Free Palestine” finalmente o apoiaria? Pensando bem, talvez a resposta seja mais óbvia do que parece.
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Comentários (2)
Marcelo José Dias Baratta
23.01.2025 02:50É lamentável tudo isso.
Marcilio Monteiro De Souza
22.01.2025 10:42O país que tem canalha de estimação só pode terminar como pária. Vergonha!!!