Leonardo Barreto na Crusoé: A concorrência ideológica está de volta
Diplomata Kevin Rudd defende que Xi Jinping trouxe o marxismo-leninismo de volta para o centro do debate geopolítico
Desde o colapso da União Soviética, falar de ideologia e de marxismo saiu de moda.
Ficou famosa a hipótese do professor Francis Fukuyama de que o mundo havia chegado ao “fim da história”, isto é, ao fim da concorrência entre formas de organização distintas e excludentes.
A partir dali, todos os países caminhariam para o modelo das democracias liberais com economia de mercado.
Mas, e a China?
Embora o país asiático tenha mantido seu regime político completamente fechado, sua economia se abriu para o exterior e se tornou altamente competitiva, tecnológica e inovadora, assustando setores produtivos clássicos dos países desenvolvidos, como o automotivo.
A liberalização da economia levaria indiscutivelmente à liberalização da política, acreditavam os analistas.
Era questão de tempo até que a individualização do sistema capitalista passasse a exigir um outro tipo de relação com o Estado e a comunidade, mais limitada e baseada em direitos de participação e contestação.
Essas expectativas, no entanto, não se realizaram.
Mesmo experimentando uma trajetória de desenvolvimento surpreendente, a liberalização política não veio.
Pelo contrário, a dinâmica observada desde a posse de Xi Jinping em 2013 é de maior controle do Partido Comunista Chinês sobre a sociedade.
Kevin Rudd, ex-primeiro-ministro australiano e diplomata de longa carreira lançou recentemente o livro Sobre Xi Jinping: Como o nacionalismo marxista de Xi está moldando a China e o mundo (em tradução livre).
O autor não apenas analisa aspectos das escolhas políticas…
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