O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta sexta-feira, 27, que soldados norte-coreanos capturados durante combates no país morreram devido a ferimentos graves. 

Ele acusou a Rússia de enviar as tropas com “proteção mínima” e criticou o uso de militares estrangeiros como “bucha de canhão”.

“Vários soldados norte-coreanos morreram hoje. Nossos soldados os capturaram, mas estavam gravemente feridos e não puderam ser salvos”, declarou Zelensky em seu pronunciamento diário. 

Segundo o presidente ucraniano, o envio de tropas estrangeiras para a guerra demonstra “a loucura das ditaduras”, que sacrificam vidas em combates desnecessários na Europa.

De acordo com Kiev, 12 mil soldados norte-coreanos, incluindo 500 oficiais e três generais, foram enviados para a província de Kursk, na Rússia, onde o exército ucraniano conduz uma ofensiva desde agosto. 

O envolvimento de militares estrangeiros no conflito representa uma escalada significativa na guerra iniciada pela Rússia em 2022. 

Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, cerca de mil soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em apenas uma semana de combates em Kursk. Ele classificou as táticas russo-norte-coreanas como “desprezo pela vida”, com ordens de ataque que expõem as tropas a riscos extremos.

Zelensky também pediu que países como a China pressionem a Coreia do Norte a cessar seu envolvimento no conflito: “Se o governo chinês realmente deseja evitar a escalada da guerra, deve usar sua influência sobre Pyongyang”.

O moedor russo de carne norte-coreana

Forças Armadas da Coreia do Sul afirmaram nesta semana que a Coreia do Norte prepara mais soldados para enviar à Ucrânia e lutar ao lado das tropas do ditador Vladimir Putin.

A alta taxa de letalidade no campo de batalha se deve, principalmente, ao fato de muitos norte-coreanos não terem experiência em combate.

Além dos soldados, a Coreia do Norte deverá enviar drones suicidas para atacar a população civil ucraniana e as usinas de energia.

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Chechenos, sírios e prisioneiros

Com as mortes no campo de batalha, o ditador russo já buscou alternativas.

Putin contratou mercenários chechenos e enviou prisioneiros para o front.

A expectativa russa de recrutar combatentes sírios, quando o ditador Bashar Assad ainda estava no poder, não se materializou.

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