O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cobrou, nesta sexta-feira, 1º, a partipação de países aliados contra a entrada de 10 mil militares norte-coreanos na região de Kursk, na Rússia, e lançamento de míssil balístico intercontinental.

Através do seu perfil no X, Zelensky disse que o “mundo está assistindo”, cobrando uma posição:

“Por meio da assistência de Moscou, a Coreia do Norte aumentou as suas capacidades de artilharia e mísseis. Agora, eles estão aprendendo as táticas da guerra moderna. Milhares de soldados norte-coreanos já estão perto das fronteiras da Ucrânia, preparando-se para lutar. E o mundo ainda está assistindo.

Sabemos onde estas tropas norte-coreanas estão reunidas na Rússia. Poderíamos agir preventivamente se tivéssemos os meios – capacidade de longo alcance“, afirmou

Zelensky seguiu citando nominalmente os países: “No entanto, a América, o Reino Unido e a Alemanha assistem. Compreendemos o gasoduto logístico entre a Rússia e a Coreia do Norte que permite esta agressão, e esta deve ser travada.”

O presidente ucraniano não poupou a China. Segundo ele, “as nações asiáticas fortes, incluindo a China, têm um papel a desempenhar. Se a China realmente defende o fim da guerra, deve agir.”

Na semana anterior, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, comentou sobre os aliados não responderem à interferência da Coreia do Norte no conflito.

“Durante semanas, a Ucrânia vem alertando que a Rússia se prepara para enviar unidades norte-coreanas”, disse Sybiha

Os ucranianos disseram ainda identificar a presença de três generais do regime norte-coreano no território russo.

Preocupação

O vice-embaixador dos EUA na Organização das Nações Unidas (ONU), Robert Wood, confirmou oficialmente, nesta quinta-feira, 31,  a presença de 8 mil militares da ditadura norte-coreana em Kursk, uma região em que os ucranianos travam batalha contra os russsos.

Ao Conselho de Segurança da ONU, Wood perguntou ao representante da Rússia se ele “ainda afirma que não há tropas da RPDC [República Popular Democrática da Coreia] na Rússia?“

O representante russo não quis responder.

Aliada histórica dos Estados Unidos, a Coreia do Sul era outro país a alertar sobre a movimentação de soldados em direção ao território russo.

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