“Vocês estão errados”: Trump confronta CEO do Bank of America
No Fórum Econômico Mundial, Trump critica práticas do banco e questiona neutralidade política na prestação de serviços

O presidente Donald Trump confrontou Brian Moynihan, CEO do Bank of America, durante uma sessão de perguntas e respostas no Fórum Econômico Mundial, na quinta-feira, 23, em Davos. Trump acusou a instituição bancária de discriminação contra clientes conservadores, afirmando que o banco estaria “impedindo conservadores de fazer negócios”.
“Você fez um trabalho fantástico”, iniciou Trump, antes de criticar: “Mas espero que comece a abrir seu banco para os conservadores, porque muitos reclamam que as instituições bancárias não permitem que eles façam negócios, incluindo o Bank of America”. Trump também insinuou que a suposta prática poderia ter sido influenciada por regulações da administração Biden.
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Em resposta, Moynihan desviou do assunto, destacando o entusiasmo do banco em patrocinar a Copa do Mundo nos Estados Unidos.
“Boas-vindas aos conservadores”
O Bank of America, por meio de um porta-voz, negou categoricamente qualquer prática discriminatória, afirmando que a instituição “atende mais de 70 milhões de clientes” e “dá boas-vindas aos conservadores”. A empresa reforçou que “nunca fecha contas por razões políticas”.
A JPMorgan Chase, também mencionada por Trump, seguiu na mesma linha, afirmando que decisões de encerramento de contas seguem “a lei e as orientações de reguladores” e não envolvem critérios políticos.
Apesar das negativas, o Bank of America enfrenta repetidas denúncias de discriminação contra conservadores. Em 2020, a organização religiosa Timothy Two Project International relatou ter recebido uma notificação do banco informando o encerramento de sua conta em 30 dias, sem justificativa clara.
Além disso, relatórios indicam que o banco estaria envolvido em supostas práticas discriminatórias contra a indústria de armas, destacadas por grupos conservadores como a American Accountability Foundation.
O episódio em Davos ocorre em um momento em que a discriminação política no setor financeiro se tornou um tema central para figuras da direita americana, refletindo uma crescente pressão para regular a neutralidade política nos serviços bancários.
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Comentários (1)
Fabio B
24.01.2025 10:44Trump isso, Trump aquilo, mas o que menos vejo da imprensa são as consequencias ao Brasil, quanto a declaração do Trump de taxar em 100% os membros do Brics. Vai valer a pena o Brasil continuar no bloco da China? A Anta da Dilma é a presidente, e ela não deu nenhuma declaração a respeito?